
Quinze dias. Parece pouco no papel, mas experimente ficar duas semanas sem uma gota d'água saindo da torneira. É exatamente isso que os moradores de Corumbataí, no interior paulista, estão enfrentando — e a situação, digamos, está longe de ser um mar de rosas.
A cidade, que normalmente vive tranquila, virou um verdadeiro caos. Imagine acordar e não poder fazer café, tomar banho ou mesmo dar descarga? Pois é. As pessoas estão recorrendo a baldes, garrafas e até carros-pipa improvisados para conseguir o básico.
Desespero e Adaptação no Dia a Dia
O jeito é se virar nos 30 — ou melhor, nos 15. Famílias inteiras estão reaprendendo a viver com o mínimo. "É como voltar no tempo", comenta Dona Maria, aposentada de 72 anos. "Lembro quando era criança e a gente pegava água no poço. Mas naquela época era escolha, hoje é necessidade."
Restaurantes fechados, comércio funcionando em horário reduzido e aquele cheiro desagradável começando a tomar conta das ruas. A situação é feia, feia mesmo.
Prefeitura Entra em Cena com Solução Emergencial
Depois de muita pressão — e não é pouco não — a prefeitura finalmente se mexeu. Anunciou que vai implementar uma medida emergencial, mas detalhes? Esses ainda são poucos. O que se sabe é que a promessa é restabelecer o abastecimento o quanto antes.
Será? A gente ouve isso sempre, não é? Enquanto isso, a população segue na luta. Carregando água na lataria, dividindo recursos com os vizinhos e tentando manter a dignidade em meio ao caos.
O problema, segundo fontes não oficiais, estaria relacionado a uma falha no sistema principal de abastecimento. Mas convenhamos: quinze dias para descobrir isso é tempo demais.
O Que Esperar do Futuro?
A verdade é que ninguém aguenta mais. O clima na cidade está pesado, e não é só por causa do calor. A falta de água está testando os limites da paciência de todo mundo.
Enquanto a solução definitiva não vem, o jeito é se ajudar. Vizinhos compartilhando o pouco que têm, comércios doando garrafas d'água — a solidariedade, pelo menos, não secou.
Resta torcer para que a tal medida emergencial não seja só mais uma promessa política. Porque água, diferente da paciência do povo, é recurso que não dá para ficar esperando.