
Era uma daquelas manhãs que pareciam comuns em Porto Velho — até que tudo mudou. Num gesto que pode transformar radicalmente a vida de quem trafega pelo estado, o Ministério dos Transportes e o governo de Rondônia acabam de selar um dos maiores acordos da década para a região.
A cerimônia, diga-se de passagem, foi rápida — coisa de meia hora — mas o impacto? Ah, esse vai durar décadas. A BR-364, aquela estrada que todo mundo conhece (e muitos temem em dias de chuva), acaba de entrar numa nova era com a assinatura da concessão à iniciativa privada.
O que muda na prática?
Pra começar, prepare-se para ver muito mais amarelo e laranja pelas estradas. As empresas concessionárias já anunciaram que vão botar a mão na massa — ou melhor, no asfalto — com:
- Recapeamento completo de 437 km (sim, quase 500 quilômetros!)
- Modernização de 13 pontes que já estavam no limite
- Instalação de iluminação LED em trechos críticos
- Sistema de monitoramento 24/7 com câmeras de última geração
Não é pouca coisa, né? E olha que estamos falando só do básico. O pacote completo inclui até estações de pesagem eletrônica e áreas de descanso com Wi-Fi — porque, convenhamos, ninguém merece ficar sem internet nem na estrada.
Os números que impressionam
R$ 2,3 bilhões. É isso mesmo, bilhões com "B". Esse é o valor total que deve ser injetado na rodovia ao longo dos próximos 25 anos. Dá pra comprar uns... bem, muita coisa, mas o importante é que o dinheiro vai virar asfalto, segurança e conforto.
E tem mais: cerca de 3.500 empregos diretos devem ser criados só nos primeiros dois anos de obras. Alguém aí precisando de trabalho?
— "Mas e os pedágios?" — você deve estar se perguntando. Calma, que aí vem a boa notícia: as tarifas serão definidas pela ANTT e terão reajustes anuais controlados. Nada daqueles aumentos surpresa que deixam todo mundo de cabelo em pé.
O que dizem os envolvidos
O governador Marcos Rocha, sempre enfático, não economizou nas palavras: "É o maior investimento em mobilidade da história do estado. Vamos transformar a BR-364 num cartão-postal, não numa rota de risco".
Já o ministro Renan Filho preferiu destacar o aspecto estratégico: "Essa concessão é peça-chave para escoar a produção agrícola do Centro-Oeste e da Amazônia. É logística a serviço do desenvolvimento".
Os caminhoneiros — aqueles que conhecem cada buraco da estrada — parecem cautelosamente otimistas. "Se cumprirem metade do prometido, já vai ser um alívio", comentou João da Silva, que faz o trecho Porto Velho-Cuiabá há 15 anos.
E você, o que acha? Vai acreditar quando vir as máquinas trabalhando ou já está comemorando? Uma coisa é certa: a BR-364 nunca mais será a mesma.