Apartamentos interditados há mais de 2 anos em Esmeraldas-MG: moradores pagam por imóveis que não podem usar
Apartamentos interditados há 2 anos e moradores ainda pagam

Imagine pagar por algo que você nunca poderá usar. É exatamente o pesadelo que mais de 50 famílias vivem em Esmeraldas, Minas Gerais. Há dois anos — pasme! — elas continuam pagando prestações de apartamentos que foram interditados por problemas graves na estrutura.

O caso, digno de roteiro de filme de terror imobiliário, acontece no Residencial Vista Alegre. As unidades foram entregues com tantos defeitos que a Defesa Civil precisou interditar o prédio inteiro. E olha que coisa: rachaduras aparentes, infiltrações que parecem cachoeiras e até risco de desabamento.

O desabafo dos moradores

"É como jogar dinheiro no lixo", desabafa Maria (nome fictício), que preferiu não se identificar. Ela mostra a fatura do financiamento que continua chegando religiosamente todo mês. "Pago por um sonho que virou pesadelo."

Os relatos são de cortar o coração:

  • Idosos usando aposentadoria para pagar imóvel inabitável
  • Famílias que alugam casa enquanto quitam apartamento fantasma
  • Casais jovens com filhos que viram o projeto de vida desmoronar — literalmente

E o pior? Ninguém assume a responsabilidade. Nem a construtora, nem o banco, muito menos o poder público. Enquanto isso, os moradores seguem nesse limbo jurídico-financeiro.

O que dizem as autoridades?

Procurada, a Prefeitura de Esmeraldas — que teoricamente deveria fiscalizar essas obras — limitou-se a dizer que "o caso está sendo acompanhado". Já a construtora responsável sumiu do mapa. Literalmente! O endereço da sede social é uma casa abandonada na periferia.

Os advogados dos moradores afirmam que há indícios fortes de fraude. "Documentação irregular, laudos adulterados e até assinaturas falsas nos contratos", revela um dos profissionais envolvidos no caso.

Enquanto a justiça não anda — e ela anda devagar, muito devagar — as famílias seguem nesse cabo de guerra. Pagando por um teto que não têm. Sonhando com um lar que pode nunca existir. E carregando no bolso e na alma o peso de um sistema que, parece, foi feito para esmagar o pequeno.