
Não é segredo pra ninguém que o serviço público brasileiro tem suas... digamos, peculiaridades salariais. Mas quando a gente esbarra em números que beiram o surreal, até o mais desavisado dos contribuintes levanta a sobrancelha.
Pois é, meus amigos. Enquanto você rala pra pagar impostos, tem advogado público — sim, aquele que deveria defender seus interesses — embolsando mais de R$ 100 mil por mês. E o pior? Tudo dentro da lei.
O que dizem os números
Dados recentes mostram que:
- Procuradores da União podem chegar a R$ 120 mil mensais
- Defensores públicos em alguns estados ultrapassam R$ 80 mil
- Benefícios como auxílio-moradia e verbas indenizatórias inflam ainda mais os valores
E olha que a gente nem tá contando os famosos "penduricalhos" — aquelas gratificações que aparecem como mágica no contracheque.
Como justificam?
O argumento é sempre o mesmo: "precisamos atrair bons profissionais". Mas será que precisa ser tanto assim? Num país onde o salário mínimo não chega a R$ 1.500, esses valores soam como uma piada de mau gosto.
— "Ah, mas o trabalho é complexo", dizem. Complexo como qualquer outro que exige especialização, diga-se de passagem. Médicos, engenheiros, professores — todos importantes, nenhum com remuneração tão astronômica.
O outro lado da moeda
Claro que tem quem defenda essa política. Um procurador aposentado que preferiu não se identificar argumentou:
"Se não pagarmos bem, os melhores vão para a iniciativa privada. E aí quem perde é a população."
Justo. Mas será que não existe um meio-termo? Um ponto onde o salário seja atrativo sem precisar drenar os cofres públicos?
Enquanto isso, nos fóruns pelo país, processos se acumulam, a fila da defensoria não anda, e o cidadão comum — aquele que paga essa conta — fica esperando justiça que nunca vem.
Ironia ou sistema funcionando perfeitamente? Você decide.