Influenciadora vira alvo da Justiça após mostrar rotina de presídio: acusada de tráfico de drogas
Influenciadora presa por tráfico após viralizar presídio

Ela achou que era só mais um conteúdo para bombar nas redes, mas a brincadeira acabou custando caro. A influencer cearense — que preferiu não revelar o nome até a conclusão do processo — está atrás das grades depois de transformar a rotina do presídio em espetáculo para milhões de seguidores.

Os vídeos, cheios de "dancinhas" e "tirações de onda" com detentos, pareciam inofensivos a primeira vista. Mas a Polícia Civil garante: havia um jogo perigoso por trás das selfies. Investigadores encontraram mensagens codificadas nos posts, supostamente usadas para coordenar entregas de entorpecentes.

Do celular para a cela

O caso começou a desmoronar quando um dos presos — em regime semiaberto — foi flagrado com 3kg de cocaína. Nas investigações, veio a bomba: os encontros com a influencer não eram coincidência. "Ela atuava como ponte entre a facção e o mundo exterior", revelou um delegado sob condição de anonimato.

Detalhes que passaram despercebidos pelos fãs:

  • Gestos específicos nas dancinhas que indicavam pontos de entrega
  • Roupas com cores de facções em dias estratégicos
  • Letras de músicas aparentemente inocentes com duplo sentido

Não foi a primeira vez que tentaram usar redes sociais para burlar a vigilância carcerária, mas a ousadia chamou atenção até de especialistas. "Isso mostra uma evolução preocupante nas táticas do crime organizado", analisa a professora de Direito Digital da UFC, Dra. Aline Rocha.

As consequências

Agora, a digital influencer trocou as luzes dos holofotes pelo frio das grades. Acusada de tráfico interestadual — crime inafiançável —, ela responde ao processo na mesma unidade que tanto "mostrou" para os seguidores. Ironia ou justiça poética? Você decide.

Enquanto isso, o caso virou ponto de virada para as autoridades:

  1. Novas regras para visitas em presídios
  2. Monitoramento reforçado de redes sociais
  3. Treinamento especial para agentes identificarem códigos ocultos

Resta saber: quantos outros "influenciadores" estão fazendo o jogo do crime sem nem perceber? A pergunta fica no ar — assim como a poeira que levantou esse caso no Ceará.