
E não é que o mundo islâmico acorda mais pobre nesta terça-feira? A Agência de Imprensa Saudita (SPA) confirmou o que muitos temiam: o Grande Mufti do Reino, Sheikh Abdulaziz bin Abdullah Al Sheikh, partiu aos 91 anos. Uma figura colossal, simplesmente a principal referência religiosa de um dos países mais influentes do Islã.
O cargo de Grande Mufti na Arábia Saudita – bom, isso é coisa séria. We're talking about a voz que ecoa por mesquitas e palácios, o principal intérprete da lei islâmica no berço do islamismo. Por incríveis 24 anos, ele ocupou essa posição de imensa responsabilidade. Imagina o peso disso?
O sheikh, que também presidia o Conselho de Sábios, não era qualquer um. Neto de ninguém menos que Mohammed bin Abdul-Wahhab, o fundador da doutrina wahhabista que molda a identidade religiosa do país até hoje. Um legado familiar que, convenhamos, é pesado como chumbo.
Uma Vida Dedicada à Fé
A trajetória dele é um capítulo à parte. Começou a estudar religião ainda criança, demonstrando uma precocidade que impressionava os mais velhos. Aos 22 anos, pasme, já dava aulas na sagrada Mesquita do Profeta em Medina. E olha que naquela época as coisas não eram fáceis.
Antes de se tornar o Grande Mufti em 2001, ele já acumulava experiência como membro do conselho de sábios e professor na Universidade Imam Muhammad bin Saud. Conhecia os meandros do poder religioso como a palma da própria mão.
Opiniões que Ecoavam
O sheikh nunca teve papas na língua. Suas declarações frequentemente viralizavam e geravam debates acalorados. Era contra a participação de mulheres no esporte, considerava a televisão um «mal necessário» – opiniões que, claro, refletiam uma interpretação particularmente conservadora do Islã.
Mas é inegável: sua influência ia muito além das fronteiras sauditas. Líderes muçulmanos do mundo todo buscavam seu conselho em questões espinhosas de jurisprudência islâmica.
Agora, o silêncio. A notícia do falecimento se espalhou como um rastilho de pólvora pelas redes sociais e canais de notícias do Golfo. O vazio que fica é daqueles que não se preenche com facilidade. O reino perde sua bússola religiosa principal num momento de transformações profundas.
Que fim de era, hein? A partida de Al Sheikh marca o fechar de um ciclo importante na história religiosa saudita. O mundo aguarda para ver quem terá estatura suficiente para assumir um legado tão complexo e significativo.