
Parece que o diabo realmente gosta de causar rebuliço — e não estamos falando de metáforas. Exatamente um ano após a instalação daquela estátua que deixou meio Brasil de cabelo em pé (literal e figurativamente), o tal templo em sua homenagem continua com as portas fechadas a sete chaves. E olha que a briga judicial já dura mais que novela das nove.
O caso, que começou como uma faísca, virou um incêndio de discussões. De um lado, os defensores da liberdade religiosa batendo o pé. Do outro, moradores da região que juram de pés juntos que o monumento "atrai energias negativas". E no meio disso tudo, um juiz com a caneta na mão, tentando não virar o próximo alvo de críticas.
O que dizem os números?
Desde que a polêmica estourou:
- 3 liminares já foram expedidas
- 7 manifestações públicas ocorreram no local
- 1 abaixo-assinado contra o templo reuniu mais de 15 mil assinaturas
Não é pouca coisa, né? Enquanto isso, o prédio — que mais parece cenário de filme de terror abandonado — acumula poeira e processos na justiça. "É uma situação sem precedentes", admite um funcionário do fórum local, que prefere não se identificar. "Cada decisão gera dez novos recursos."
E a população?
Nas ruas, a opinião tá dividida que nem cabelo em dia de chuva. Tem quem ache que "cada um cultua o que quer" e ponto final. Outros defendem que "alguns símbolos simplesmente não deveriam existir". E tem aquela turma que só quer saber de uma coisa: quando vão tirar aquela "figura assustadora" da vista geral.
O advogado responsável pelo caso — um sujeito que já deve ter envelhecido cinco anos só com esse processo — garante que "a questão é puramente jurídica". Mas convenhamos: quando religião, política e direito se misturam, a coisa sempre esquenta mais que caldeirão de feijoada.
Enquanto a decisão final não vem, o templo continua lá: silencioso, cercado e cheio de histórias — algumas bem assustadoras, contadas pelos vizinhos mais supersticiosos. Resta saber se, quando a poeira baixar, o lugar vai virar atração turística ou caso de estudo nas faculdades de direito.