Um dos capítulos mais sombrios da Irlanda está sendo revelado através de escavações no antigo convento de Tuam, no condado de Galway. Arqueólogos iniciaram trabalhos para recuperar os restos mortais de 796 crianças que teriam sido enterradas clandestinamente entre 1925 e 1961.
O que as escavações estão revelando
Segundo investigações anteriores, as crianças - em sua maioria bebês não batizados - morreram sob custódia das Irmãs do Bon Secours, ordem religiosa que administrava a instituição. Os corpos foram depositados em uma fossa comum não marcada no terreno do convento.
Um passado que não quer calar
O caso veio à tona em 2014, quando a historiadora Catherine Corless descobriu registros de óbitos, mas nenhum local de sepultamento oficial. Testemunhas relataram que crianças eram enterradas sem cerimônias religiosas, muitas em caixões improvisados.
Justiça para as vítimas
As escavações atuais fazem parte de um plano governamental para:
- Identificar os restos mortais
- Realizar análises forenses
- Proporcionar um enterro digno
- Criar um memorial permanente
O primeiro-ministro irlandês classificou o caso como "um dos capítulos mais obscuros de nossa história", prometendo transparência no processo.
