Moda Autoral com Alma Infantil: Desenhos de Crianças Viram Coleção Exclusiva na Unochapecó
Desenhos infantis viram coleção de moda na Unochapecó

Imagine abrir o guarda-roupa e encontrar peças que carregam a pureza e a imaginação sem limites de uma criança. Pois é exatamente isso que está acontecendo em Chapecó, onde a magia dos rabiscos infantis ganhou vida nas passarelas.

O projeto — que mexe com qualquer um que ainda guarda um pedaço de criança dentro de si — partiu de uma ideia aparentemente simples: pegar os desenhos dos pequenos alunos do ensino fundamental e transformá-los em estampas únicas. Mas o resultado? Ah, o resultado é de cair o queixo!

Como a brincadeira virou coisa séria

Não foi só colocar desenho em tecido e sair costurando. Os acadêmicos de moda da Unochapecó mergulharam fundo no universo infantil, estudando cada traço, cada escolha de cor, cada história por trás dos rabiscos. E digo mais: algumas dessas crianças nem sabiam que seus desenhos iriam parar nas roupas!

O processo foi minucioso. Primeiro, veio a captura da essência criativa dos pequenos. Depois, a adaptação para linguagem têxtil — porque não é qualquer estampa que funciona no corpo, certo? E por fim, a mágica da confecção, onde os tecidos ganharam vida com aquelas cores vibrantes que só criança consegue inventar.

Muito mais que roupas: um exercício de sensibilidade

O que mais me impressiona nesse projeto todo é a quebra de paradigmas. Normalmente a moda autoral é coisa de adulto para adulto, mas aqui as crianças são as verdadeiras estilistas — mesmo sem saber desenhar um croqui perfeito ou conhecer tendências de temporada.

E os alunos universitários? Ganharam uma lição de humildade e criatividade que nenhum livro de teoria da moda seria capaz de ensinar. Afinal, como traduzir para tecido a imaginação de quem ainda acredita em super-heróis e fadas?

Parece que a moda — essa indústria tão cheia de regras e sometimes superficial — encontrou na simplicidade infantil sua renovação mais genuína. Quem diria, hein?

O desfile que emocionou Chapecó

O ápice do projeto aconteceu quando as peças finalmente foram apresentadas ao público. E não foi um desfile comum, não. Modeles desfilaram com roupas que pareciam saídas diretamente de cadernos escolares — com direito a sorrisos largos e até lágrimas dos pais nas primeiras fileiras.

As estampas? Desde monstros coloridos até florinhas desengonçadas, passando por carrinhos que mais pareciam bolhas com rodas. Tudo com aquele charme único que só o traço infantil consegue criar — imperfeito, espontâneo e cheio de personalidade.

E olha só: algumas peças até incorporaram texturas que remetiam aos materiais usados pelas crianças, como lápis de cor e giz de cera. Detalhes que fizeram toda a diferença!

No final, todo mundo saiu ganhando: as crianças viram sua arte valorizada, os universitários aprenderam na prática sobre criação colaborativa, e a comunidade ganhou uma coleção que é, acima de tudo, um registro emocional de uma fase tão rica da vida.

Quem viu, garante: moda com alma de criança tem um poder transformador que a fashion week nenhuma é capaz de reproduzir.