
A escritora britânica Bernardine Evaristo, vencedora do Booker Prize em 2019, causou surpresa ao recusar um prestigiado prêmio literário. A autora, conhecida por sua defesa da diversidade na literatura, explicou suas razões em uma declaração pública.
Segundo Evaristo, a decisão foi tomada após reflexões sobre o papel dos prêmios no cenário literário contemporâneo. "Precisamos questionar estruturas que perpetuam desigualdades", afirmou a escritora.
Os motivos da recusa
Entre os principais argumentos apresentados por Evaristo estão:
- Preocupação com a comercialização excessiva da literatura
- Falta de diversidade nos júris de premiação
- Distribuição desigual de recursos no meio literário
A autora de "Garota, Mulher, Outras" destacou que sua posição não é contra os prêmios em si, mas sim uma chamada para repensar como eles funcionam. "Precisamos de um sistema mais inclusivo e justo", completou.
Reações do meio literário
A decisão de Evaristo gerou debates acalorados entre autores, editores e críticos. Alguns elogiaram sua coragem, enquanto outros questionaram se recusar prêmios seria a melhor forma de promover mudanças.
Especialistas apontam que este caso pode marcar um momento de virada na discussão sobre equidade no mundo das letras. O gesto de Evaristo ecoa movimentos similares em outras áreas artísticas, onde criadores têm questionado estruturas tradicionais de reconhecimento.