
Imagine só: você está num campo verdejante, com buracos estrategicamente posicionados, mas em vez de tacos, usa os pés. Em vez de bolinhas branquinhas, uma bola de futebol. Parece coisa de maluco? Pois é exatamente assim que funciona o footgolf, a novidade que está agitando o Paraná.
Não é de hoje que esportes alternativos ganham espaço — quem lembra do sucesso do beach tennis? — mas o footgolf tem um charme especial. Talvez seja pela simplicidade: basicamente, é jogar golfe com os pés. Ou futebol com regras de golfe. Depende do ponto de vista.
Como surgiu essa mistura maluca?
Dizem que a modalidade nasceu na Holanda, lá pelos anos 2000, quando uns caras resolveram testar a paciência dos golfistas tradicionais. No Paraná, pegou mesmo por volta de 2015, mas foi nos últimos anos que explodiu. E não é pra menos: é divertido, acessível e, convenhamos, bem menos chato que golfe comum (sem ofensa aos puristas).
Os campos são adaptados — normalmente em áreas de golfe já existentes — com buracos maiores, claro. A regra é clara: menos chutes possível pra embolar. Parece fácil até você ver a distância entre um buraco e outro.
Quem tá curtindo?
- Crianças: Adoram a liberdade de chutar sem treinador gritando
- Idosos: Apreciam o ritmo mais tranquilo que o futebol
- Famílias: Ótimo pra unir gerações sem discussões sobre regras complicadas
- Ex-jogadores: Aquela galera que já não aguenta mais correr 90 minutos
E tem mais: como não precisa de equipamento caro — uma bola e tênis confortável resolvem —, o esporte tá democratizando o acesso a campos que antes eram reduto da elite. Quem diria, né?
O segredo do sucesso
Conversando com adeptos, três palavrinhas se repetem: descontração, inclusão e ar livre. Num mundo onde tudo é pressa e competição ferrenha, o footgolf oferece o oposto. É possível levar a sério sem levar tão a sério, sacou?
Ah, e tem o fator social. Entre um buraco e outro, rola papo, risada e, claro, aquela zoeira básica quando alguém manda a bola pro mato. Bem diferente do silêncio sepulcral do golfe tradicional.
Pra quem tá pensando em experimentar, os campos do Paraná estão cada vez mais preparados. Alguns até oferecem aulas rápidas pra iniciantes. Só não espere sair chutando como o Neymar — a precisão aqui vale mais que a potência.