
Parece até conto de fadas, mas é pura realidade: o Restaurante Baldío, que já chamava atenção pelo cardápio ousado, acaba de ganhar um trofeú mais valioso que ouro no mundo gastronômico — a Estrela Verde, concedida pelo Guia Michelin a estabelecimentos com práticas ambientais exemplares.
E olha só o pulo do gato: enquanto a maioria dos restaurantes joga fora até 30% dos alimentos, esses visionários reduziram o desperdício para absurdos 0,1%. Como? Mistério desvendado:
- Cascas, talos e sementes viram pratos premiados (sim, aquilo que você joga no lixo)
- Parceria com agricultores locais para aproveitar até os alimentos "feios" (que o mercado rejeita)
- Compostagem 100% eficiente — o pouco que sobra vira adubo para horta própria
Não é modinha, é revolução
O chef Marcelo Dias, que parece ter nascido com colher de pau na mão, confessou: "No começo, os clientes torciam o nariz para pratos com casca de banana. Hoje, fazem fila para experimentar". A receita do sucesso? Criatividade à prova de preconceitos.
Detalhe que faz diferença: enquanto a indústria alimentícia gera 1,3 bilhão de toneladas de lixo por ano, o Baldío serve de exemplo — e de farol — para quem acha que sustentabilidade é só discurso.
O prêmio veio, mas a missão continua
O selo verde chegou, mas a equipe já pensa em como ir além. "Queremos influenciar toda a cadeia", diz a sócia Gabriela Monteiro, enquanto mostra orgulhosa a horta onde crescem temperos entre garrafas pet reaproveitadas.
E você? Já pensou quanta comida joga fora sem nem perceber? Pois é, depois dessa reportagem, talvez dê outra olhada naquela casca de abóbora...