
A culinária da Roma Antiga sempre foi um mistério fascinante para historiadores e arqueólogos. Agora, uma análise de DNA revelou um ingrediente surpreendente que era amplamente utilizado nas cozinhas romanas: o peixe fermentado.
Pesquisadores examinaram resíduos encontrados em ânforas — vasilhas de cerâmica usadas para armazenar alimentos — e descobriram traços genéticos de peixes como atum e anchova. Esses ingredientes eram a base do garum, um molho fermentado que os romanos adoravam e usavam em diversos pratos.
O molho que conquistou o Império
O garum era tão popular que era considerado um item de luxo, exportado para todas as províncias do Império Romano. Sua produção envolvia a fermentação de peixes com sal, criando um condimento rico em umami, o quinto gosto básico.
Além disso, o estudo mostrou que os romanos não usavam apenas peixes locais. Eles importavam espécies do Mediterrâneo e até do Atlântico, indicando uma rede comercial sofisticada para atender ao paladar exigente da época.
Como a ciência desvendou esse segredo?
Os pesquisadores utilizaram técnicas avançadas de sequenciamento genético para identificar fragmentos de DNA preservados nas ânforas. Essa abordagem inovadora permitiu reconstruir hábitos alimentares com precisão nunca antes alcançada.
Os resultados não apenas revelam preferências culinárias, mas também mostram como a gastronomia romana influenciou culturas posteriores. Afinal, muitos dos temperos que usamos hoje têm raízes naquela época.
Quem diria que um simples molho de peixe seria a chave para entender melhor a vida cotidiana de uma das civilizações mais poderosas da história?