
Não é todo dia que uma exposição de arte vira o centro de uma tempestade. Mas em Petrópolis, a coisa esquentou — e como! Um trabalho artístico que propunha uma releitura da bandeira nacional foi retirado às pressas do Festival de Inverno, deixando um rastro de perguntas no ar.
O caso aconteceu na última sexta-feira (25), quando os organizadores do evento — aqueles mesmos que costumam defender a "liberdade criativa" — surpreenderam ao mandar embora a obra sem muita explicação. "Foi um baque", confessou o artista, que preferiu não se identificar. "Achava que estávamos em 2025, não em 1964."
O que tinha de tão polêmico?
A peça em questão misturava elementos tradicionais com críticas sociais sutis — ou nem tanto, dependendo do ponto de vista. As estrelas? Rearranjadas. As cores? Desbotadas propositalmente. No centro, uma frase quase apagada: "Ninguém solta a mão de ninguém".
"É justamente esse o papel da arte", defendeu uma curadora que pediu anonimato. "Provocar reflexão, não decorar paredes." Já do outro lado, os críticos chamaram a obra de "desrespeitosa" e "fora de contexto".
E agora?
Enquanto isso, nas redes sociais:
- #LiberdadeArtística está entre os assuntos mais comentados
- Artistas locais planejam um protesto performático
- A prefeitura se diz "alheia" à decisão dos organizadores
O festival, que já foi palco de tantas polêmicas criativas, dessa vez parece ter pisado em terreno minado. Resta saber se essa história vai acabar em pizza — ou se vai virar caso de Justiça. Afinal, até onde vai o direito de reinterpretar símbolos nacionais? A discussão, essa, certamente não será retirada tão cedo.