Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues Agora São Patronos Oficiais da MPB: Um Tributo Histórico
Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues são patronos da MPB

Pois é, meus amigos, a coisa finalmente aconteceu — e que alegria! Dois colossos da nossa música, figuras que simplesmente moldaram o que entendemos por sonoridade brasileira, acabam de receber um dos maiores reconhecimentos possíveis. Não é pouca coisa, viu?

O plenário do Senado aprovou, nesta quinta-feira (12), um projeto de lei que declara Alfredo da Rocha Viana Filho, o irrepreensível Pixinguinha, e Lupicínio Rodrigues como patronos oficiais da Música Popular Brasileira. A proposta, que já passou pela Câmara, segue agora para sanção presidencial. E olha, duvido que alguém vá ter coragem de vetar.

Por Que Esses Nomes Simplesmente Importam

Pixinguinha — só de falar o nome já dá pra ouvir o som de um saxofone chorando. O cara era um gênio, ponto final. Compositor, arranjador, multi-instrumentista… ele não só popularizou o choro como gênero, como deu a ele uma complexidade harmônica e uma alma que ecoa até hoje. "Carinhoso", "Lamento"… são hinos, né? E hinos que todo mundo conhece, mesmo sem saber quem compôs.

Já Lupicínio Rodrigues — ah, Lupicínio! O poeta das dor-de-cotovelo mais famosas do país. Quem nunca se pegou cantarolando "Nervos de Aço" ou "Ela Disse-me Assim" num momento de crise amorosa? Ele pegou a dor, a traição, a solidão urbana do Rio Grande do Sul e transformou em samba-canção. Em poesia musicada que fala direto ao coração.

O Que Muda na Prática?

Bom, patrono não é título que venha com um troféu ou um aumento de cachê — infelizmente, já que ambos partiram. Mas é uma consagração. É colocar esses nomes num panteão, garantir que as novas gerações vão esbarrar neles nas aulas de música, nos livros de história, nas playlists curadas.

É, de certa forma, uma correção histórica. Reconhecer que a base do que hoje chamamos de MPB foi erguida por esses mestres. E que sem eles, talvez a música do Brasil fosse muito, muito mais pobre.

O autor do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), não poderia ter sido mais feliz na escolha. Defender a memória desses artistas é defender a própria cultura nacional. É lembrar de onde viemos — e, quem sabe, para onde estamos indo.

E aí, o que acha? Demorou, não achou? Mas o importante é que aconteceu. Agora é esperar a sanção e, claro, botar um disco para tocar — de preferência, o deles.