Lula recebe elenco de 'O Agente Secreto' e ressalta poder transformador da cultura
Lula recebe equipe de "O Agente Secreto" e fala sobre cultura

Numa tarde que misturou política com sétima arte, o Palácio do Planalto virou plateia para uma conversa que deixaria qualquer fã de cinema com os olhos brilhando. Lula, aquele mesmo que costuma falar mais de economia e direitos sociais, surpreendeu ao receber a equipe do aguardado filme 'O Agente Secreto' como se fossem velhos amigos.

Wagner Moura — sim, o mesmo que já interpretou desde Narcos até Capitão Nascimento — liderava o grupo que colocou o presidente para falar de algo que, convenhamos, não é exatamente o assunto mais comum nos corredores do poder: a força transformadora da cultura.

Um presidente, muitos papéis

"A gente fala tanto em indústria, em PIB, mas esquece que um filme como esse é capaz de mudar perspectivas", soltou Lula entre um cafezinho e outro. Dá pra imaginar? O homem que negociou com banqueiros e sindicalistas agora debatendo roteiro e direção de arte como quem discute política fiscal.

O elenco, por sua vez, parecia dividido entre a formalidade do ambiente e a vontade de fazer piada com a situação. Afinal, quantas vezes atores globais se sentam com presidentes para falar de seus projetos? (Poucas, muito poucas mesmo.)

Cinema como espelho social

O que começou como mera formalidade virou um papo reto sobre como produções culturais refletem — e às vezes antecipam — os dilemas da sociedade. "Quando a gente faz um filme sobre espionagem política no Brasil", comentou um dos produtores, "não estamos só contando uma história, mas questionando memórias que muitos prefeririam esquecer".

Lula, num daqueles momentos em que parece mais filósofo que político, complementou: "É por isso que governo e artistas precisam caminhar juntos — mesmo quando discordam". Frase que, convenhamos, poderia estar em qualquer roteiro premiado.

Por trás das câmeras

Enquanto isso, nos bastidores:

  • Wagner Moura revelou detalhes nada óbvios sobre o processo criativo
  • A direção do filme destacou desafios logísticos que fariam qualquer ministro suar frio
  • O presidente, por sua vez, brincou que "fazer orçamento federal é mais fácil que produzir blockbuster"

O encontro, que durou pouco mais de uma hora, terminou com promessas de maior diálogo entre o Ministério da Cultura e os realizadores audiovisuais. Será que dessa vez o "fim dos cortes" nos editais vai sair do papel? Só o rolo da câmera dirá.