
Caramba, que noite! Quem estava no The Town neste sábado (12) viu algo realmente especial. Luísa Sonza não fez apenas um show; ela deu uma verdadeira aula de música brasileira, mergulhando de cabeça no nosso cancioneiro com uma energia que arrepiava.
Parece que ela tinha uma missão: provar, de uma vez por todas, que sua arte vai muito além dos hits de rádio. E mano, ela conseguiu. O setlist foi uma viagem no tempo, uma mistura ousada que ninguém—absolutamente ninguém—esperava.
Uma Homenagem que Veio do Coração
Logo no começo, aquela surpresa. Os primeiros acordes de "Roda Viva" do RPM ecoaram pelo recinto. A voz dela, carregada de uma emoção crua, deu um novo tom à clássica canção de Paulo Ricardo. O público, é claro, pirou completamente. Gente de todas as idades cantando junto, um momento de pura magia.
Mas ela não parou por aí. Que ousadia, hein? Emendou com um tributo à eterna rainha do rock, Rita Lee. "Mania de Você" ganhou vida novamente, com arranjos que mesclavam o original com a batida contemporânea que é a cara da Sonza. Foi lindo de se ver—um verdadeiro passarinho de asa branca no céu de São Paulo.
E Quando Todo Mundo Acha que Já Viu Tudo…
Eis que surge Felipe Dylon no palco. A plateia vai à loucura! A química entre os dois era palpável, e juntos apresentaram uma versão bossa nova de "Jenifer"—sim, você leu certo, bossa nova!—que simplesmente derreteu corações. Foi doce, suave e incrivelmente bem executada. Algo tão inesperado que funcionou perfeitamente.
Não foi apenas uma colaboração, foi uma conversa musical. Uma releitura que respeitou a original, mas acrescentou camadas novas, mostrando a versatilidade impressionante de ambos os artistas.
Um Show que Transcende Gerações
O que mais impressionou, pra ser sincero, foi a capacidade dela de conectar épocas. Em um único set, ela navegou pelo rock dos anos 80, pela irreverência dos 90 e pela levada suave da bossa, tudo sem perder a identidade própria. Isso sim é arte.
O The Town mais uma vez se mostrou um palco para grandes surpresas. E Luísa? Bem, ela saiu de lá não apenas como uma pop star, mas como uma artista completa, que honra o passado enquanto constrói o futuro.
Sem dúvida, uma apresentação que vai ficar na memória de quem estava lá—e na história dos festivais.