
Quem diria que um poema escrito décadas atrás ganharia vida nas telas em pleno 2025? Pois é, galera! O curta-metragem Habeas Pinho — uma homenagem ao icônico trabalho do poeta paraibano Ronaldo Cunha Lima — promete arrancar suspiros e aplausos quando estrear nesta sexta-feira (8) no Cine São José, em Campina Grande.
Dirigido por um coletivo de jovens cineastas locais (que, diga-se de passagem, botaram a mão na massa com orçamento curto e muita criatividade), o filme de 15 minutos reconta a obra-prima do autor através de imagens que beiram o onírico — aquelas que ficam martelando na cabeça dias depois.
Não é só recitação, é experiência
Diferente do que muita gente imagina, não se trata apenas de alguém declamando versos diante da câmera. Os diretores misturaram:
- Sequências em stop motion com bonecos de barro (sim, aquela técnica antiga que nunca sai de moda)
- Tomadas aéreas da paisagem agreste da Paraíba — aquela que inspirou o poeta
- E, pasmem, até interferências digitais que dão um toque contemporâneo à coisa toda
"A gente queria que o espectador sentisse o poema, não só ouvisse", explica um dos realizadores, enquanto ajusta os últimos detalhes da projeção. E pelo que circula nos bastidores, conseguiram.
Por trás das câmeras
O projeto nasceu quase por acaso durante um sarau universitário no ano passado. Dois estudantes de Cinema — que nem se conheciam direito — começaram a discutir como adaptações literárias no Brasil costumam ser "engessadas". Daí veio a ideia: e se transformassem Habeas Pinho em algo completamente diferente?
Com uma vaquinha online e apoio da Secretaria Municipal de Cultura (que cedeu equipamentos), o sonho saiu do papel em menos de oito meses. Um tempo recorde, considerando as dificuldades.
Ah! E tem um detalhe curioso: parte das locações foi filmada na própria casa onde Ronaldo Cunha Lima escreveu o poema na década de 1980. Coincidência ou destino? Você decide.
Serviço
As exibições acontecem:
- Sexta (8/8): 19h e 21h
- Sábado (9/8): 16h, 18h e 20h
Ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), com venda antecipada na bilheteria do cinema. Melhor chegar cedo — o buzz nas redes sugere que as sessões vão lotar rapidinho.
Pra quem tá se perguntando: sim, há planos para levar o curta a outros estados depois da estreia na terra do poeta. Mas, entre nós, nada supera vê-lo primeiro justo onde tudo começou, né?