
Era pra ser só mais uma noite qualquer em São Luís, mas o clima na cidade deixava claro: algo especial estava prestes a rolar. O Teatro Alcione Nazaré, aquele casarão histórico que já viu de tudo, se preparava para receber a abertura da 48ª edição do Festival Guarnicê - e olha, não decepcionou.
Às 19h, quando o sol já começava a dar seu arrepio de despedida, os primeiros convidados chegavam. Dá pra sentir no ar aquela energia típica de evento cultural maranhense, sabe? Um misto de ansiedade, orgulho local e aquela curiosidade sobre o que viria pela frente.
Homenagens que arrancaram aplausos (e algumas lágrimas)
Antes mesmo da exibição do filme, veio o momento que todo mundo esperava. O festival resolveu dar o troco - no bom sentido - a três figuras importantes da cena cultural do estado:
- Carlos Frederico - O cara simplesmente revolucionou o audiovisual maranhense. Merecido? Mais que isso.
- Raimunda Frazão - Se você não conhece o trabalho dela com cultura popular, tá perdendo a vida.
- Zé Maria - Figuraça do teatro local. Aplausos que duraram tanto que até deu vergonha alheia (mas no bom sentido, claro).
"É emocionante ver esse reconhecimento", murmurou uma senhora na plateia, enquanto ajustava os óculos. E não era pra menos - esses nomes são parte da alma cultural da cidade.
E o filme? Ah, o filme...
Depois das homenagens, rolou a exibição de "O Som ao Redor" - aquele filme pernambucano que já ganhou prêmio pra caramba. E olha, mesmo sendo de outra região, caiu como uma luva na programação. A plateia ficou vidrada, com aqueles silêncios que só acontecem quando a obra realmente prende.
"Achei que ia ser chato, mas me surpreendi", confessou um adolescente depois da sessão, tentando disfarçar que tinha gostado. Típico.
E agora? O festival continua!
Até 4 de agosto, São Luís vira o point do cinema diferente. Tem mostra competitiva, oficinas (aquelas que todo mundo diz que vai fazer mas só alguns realmente aparecem), e é claro, muitas exibições especiais.
Dica quente: fiquem de olho na mostra "Panorama Maranhense". É ali que surgem as joias raras do nosso cinema. E olha, esse ano promete - pelo menos é o que dizem os organizadores, sempre cheios de esperança.
Ah, e pra quem tá pensando "mas eu não entendo nada de cinema", relaxa. O Guarnicê tem dessas - consegue ser cult sem ser chato. Uma raridade nos dias de hoje, não?