
Guaratinguetá acaba de ganhar um pedaço do Rio de Janeiro — e não, não é exagero. A Casa da Mãe Tiana, inaugurada no coração da cidade, chegou pra botar ordem na cena cultural da região. E olha, não é qualquer barzinho com música: é um projeto que respira identidade.
Inspirada nas tradicionais casas de samba da Lapa e da Zona Norte carioca, o lugar promete ser um point não só pra quem curte uma roda de samba, mas pra quem quer sentir aquele clima de aconchego e história que só o samba de raiz oferece.
Não é só música, é experiência
Quem pensa que vai encontrar apenas um palco e algumas mesas, se enganou. A proposta da casa é imersiva. Desde a decoração — que remete aos antigos casarões e botequins do Rio — até o cardápio, que traz quitutes inspirados na cultura popular brasileira.
E não para por aí. A ideia é que o lugar vire um ponto de encontro de artistas locais, rodas de conversa e até exposições de arte. Quem conhece o Vale do Paraíba sabe como um espaço assim era mais do que necessário.
Quem foi Mãe Tiana?
Ah, e o nome não é à toa. Tiana foi uma figura emblemática na história do samba carioca — uma matriarca que abria as portas de sua casa para sambistas, compositores e boêmios. Sua residência virou lendária, um símbolo de resistência cultural.
Trazer esse espírito para Guaratinguetá é, de certa forma, criar um elo entre duas regiões historicamente ligadas pela cultura musical. E a cidade parece ter abraçado a ideia.
Já na estreia, lotou. Gente de toda a região compareceu, e a vibe foi de quem redescobriu um lugar que já devia existir faz tempo.
E a programação?
Quem espera apenas samba tradicional pode se surpreender. A casa também deve abrir espaço para outros ritmos brasileiros — choro, forró, MPB — sempre com aquele tempero caseiro e despretensioso que é a marca do bom samba.
E tem mais: a ideia é que o local funcione também durante a semana, com happy hours temáticos e programação cultural diversa. Um verdadeiro respiro cultural numa região que vive muito do ritmo industrial.
Para os organizadores, não se trata apenas de abrir um bar. É plantar uma semente. Criar um ponto de cultura, memória e afeto — algo que, convenhamos, está em falta ultimamente.
E se depender da recepção do público, essa samba já começou com o pé direito.