As quadrilhas juninas no Ceará vão muito além da dança e da música típica. Elas se tornaram um importante vetor de geração de renda para diversos profissionais, impulsionando a economia local durante o período festivo.
De acordo com especialistas, o fenômeno cultural das quadrilhas movimenta uma cadeia produtiva completa, que inclui desde artistas plásticos até costureiras, maquiadores, coreógrafos e técnicos de som e iluminação.
Oportunidades para diversos setores
O mercado das quadrilhas juninas abre espaço para:
- Costureiras e estilistas, responsáveis pelos figurinos coloridos
- Maquiadores e cabeleireiros, que criam looks temáticos
- Músicos e compositores, que adaptam canções tradicionais
- Coreógrafos, que desenvolvem as apresentações
- Técnicos de som e iluminação
- Produtores culturais
Impacto econômico significativo
Estima-se que cada grupo de quadrilha junina movimente em média R$ 50 mil por temporada, considerando todos os profissionais envolvidos. Nas grandes cidades cearenses, onde os eventos são mais elaborados, esse valor pode ser ainda maior.
"As quadrilhas deixaram de ser apenas uma manifestação cultural para se tornar um importante gerador de emprego e renda temporária", explica Maria Silva, pesquisadora de cultura popular.
Tradição que sustenta famílias
Para muitos profissionais, o período junino representa uma fonte essencial de renda. "Trabalho o ano inteiro preparando figurinos para as quadrilhas. É o que sustenta minha família", conta Antônia Ferreira, costureira há 15 anos no ramo.
Além dos profissionais diretos, o fenômeno das quadrilhas beneficia também comerciantes locais, que vendem tecidos, adereços e materiais para a confecção dos trajes típicos.
