
Não foi só piada que rolou na noite de domingo (13) em Manaus. Whindersson Nunes — aquele cara que consegue fazer você chorar de rir e, dois minutos depois, emocionar com uma música — transformou o Arena da Amazônia em um caldeirão de sentimentos. E olha que não é exagero: 15 mil pessoas testemunharam.
Quem já viu o piauiense ao vivo sabe — ele tem um negócio raro de conectar com o público. Dessa vez, foi diferente. Logo no começo, quando as luzes se apagaram e aquela voz inconfundível ecoou pelo estádio, deu pra sentir um arrepio coletivo. "É muita gente, hein? Acho que vou ter que contar piada até pro segurança lá do terceiro andar", brincou, já quebrando o gelo.
Um show dentro do show
O primeiro bloco foi puro stand-up. Temas do cotidiano, aquelas situações que todo brasileiro já viveu, mas que só Whindersson consegue transformar em comédia de ouro. Teve história de família, perrengue de viagem e até uma crítica social disfarçada de piada — coisa fina mesmo.
Mas o que realmente surpreendeu foi a virada musical. Quando pegou o violão, o humorista mostrou outra faceta. "Essa aqui eu fiz pensando na minha mãe", disse antes de cantar "Pai", música que viralizou nas redes. Foi quando o estádio inteiro acendeu as lanternas dos celulares. Até os seguranças mais durões pareciam com os olhos brilhando.
O momento mais emocionante
Quem esperava só risada saiu com o coração quentinho. No meio do show, Whindersson parou tudo pra falar sobre superação. "Tem gente aqui que tá passando por coisa difícil, eu sei. Mas olha só onde a gente chegou juntos". Aí veio "Na Hora da Raiva", e parecia que cada palavra tinha sido escrita pra alguém na plateia.
Detalhe curioso: o artista improvisou bastante. Teve hora que abandonou o roteiro pra responder a fãs, contou histórias inéditas e até errou a letra de uma música — o que só deixou tudo mais humano. "Tá vendo? Até eu me atrapalho", riu, sem crise.
Quando as luzes acenderam, o público ainda cantarolava os refrões. E aquele jeito despojado de Whindersson — mistura de menino do interior e astro global — provou mais uma vez por que ele é um fenômeno. Não é todo dia que você vê um cara fazer stand-up, cantar como um anjo e ainda sair pulando no palco como se estivesse na sala de casa.