
A vida tem dessas reviravoltas que a gente nunca tá preparado. Li Martins sabe bem disso. Logo ela, que sempre foi sinônimo de alegria na TV, se viu diante de um abismo quando JP Mantovani, o amor da sua vida, partiu de repente.
E olha, não foi fácil. Nem um pouco. Mas sabe o que ela descobriu no meio dessa dor toda? Que a força mora onde a gente menos espera.
O Silêncio Que Dói
"Quando acontece uma coisa dessas, o mundo para. Literalmente." É assim que Li descreve os primeiros dias. A casa, que antes era cheia de risadas, ficou em silêncio. O telefone não parava de tocar - todo mundo querendo ajudar, mas ninguém sabendo direito o que dizer.
Ela confessa que teve momentos de querer sumir. Quem não teria, né? Mas aí veio o pensamento: "E agora? Como seguir em frente quando metade de você se foi?"
Os Pequenos Rituais de Sobrevivência
O segredo, ela descobriu, estava nas coisas simples. Levantar da cama mesmo sem vontade. Tomar um banho quente. Responder uma mensagem sequer. São esses microgestos que, somados, viram uma corrente de sobrevivência.
- Um dia de cada vez - clichê, mas verdadeiro
- Permitir-se sentir - raiva, tristeza, saudade
- Aceitar ajuda - orgulho zero nessa hora
"Tem gente que acha que forte é quem não chora. Mentira! Forte é quem chora e mesmo assim levanta no dia seguinte."
O Legado de Amor
JP não era só marido. Era cúmplice, melhor amigo, parceiro de todas as horas. E é essa memória que Li carrega como combustível. "Ele me ensinou tanto... Até na partida dele teve aprendizado."
Talvez a maior lição seja essa: não existe manual para o luto. Cada um encontra seu jeito de navegar na dor. Alguns precisam falar, outros preferem o silêncio. Não tem fórmula mágica.
E agora? Li respira fundo antes de responder. "Agora é viver. Com a dor, com a saudade, mas viver. Porque é isso que ele gostaria."
Difícil? Pra caramba. Mas possível? Totalmente. Basta lembrar que, mesmo nas noites mais escuras, o amanhecer sempre vem.