Quem diria que até mesmo os maiores ícones da televisão brasileira têm seus momentos de tensão nos bastidores. Antonio Fagundes, aquele mesmo que conquistou o país com seus papéis marcantes, resolveu finalmente botar os pingos nos is sobre um assunto que há tempos alimentava a curiosidade do público.
E olha só - a história envolve ninguém menos que Regina Duarte, a eterna "namoradinha do Brasil". Parece que durante as gravações da novela "Pantanal", lá nos anos 90, a coisa não foi tão tranquila quanto aparentava na tela.
O que realmente aconteceu nos bastidores?
Fagundes conta, com uma sinceridade que surpreende, que as divergências começaram por uma questão artística. "Cada um tinha sua visão sobre como desenvolver certas cenas", explica o ator, sem rodeios. Mas calma lá - não foi nenhuma guerra declarada, como alguns poderiam imaginar.
O interessante é que ambos eram profissionais consumados, sabiam separar as coisas. No set de filmagem, a competência falava mais alto. Fora das câmeras? Bem, aí a história era outra.
Superando as diferenças
O que mais impressiona na narrativa de Fagundes é a maturidade com que ele trata o assunto hoje. Longe de qualquer rancor, o ator faz questão de destacar o talento incontestável de Regina. "Ela é uma das maiores atrizes que este país já produziu", afirma, sem hesitar.
E sabe o que é mais curioso? Com o passar dos anos, aquela tensão inicial deu lugar a um respeito profissional mútuo. Quem diria que o tempo seria o melhor remédio até para desentendimentos artísticos?
Fagundes revela ainda detalhes pitorescos sobre como mantinham o profissionalismo durante as cenas mais carregadas. "A gente simplesmente fazia nosso trabalho", diz ele, com a simplicidade de quem já viveu de tudo nessa vida artística.
O legado que ficou
Mais de três décadas depois, o ator consegue rir de algumas situações. E faz uma reflexão interessante: às vezes, aquele "fogo" nas discussões artísticas pode até resultar em cenas mais autênticas. Não é como se estivessem representando uma rivalidade - a tensão real talvez tenha acrescentado certa veracidade aos personagens.
O que fica claro é que ambos souberam separar o profissional do pessoal. Uma lição e tanto para as novas gerações de atores, não acham?
No final das contas, o que prevaleceu foi o respeito pela arte e pelo público. E "Pantanal" seguiu seu curso, tornando-se um marco na televisão brasileira - com ou sem desentendimentos nos bastidores.
