Em uma das entrevistas mais reveladoras de sua carreira, o cantor Elymar Santos, um dos nomes mais conhecidos da Música Popular Brasileira, abriu o jogo sobre os momentos mais difíceis de sua juventude. Aos 73 anos, o artista compartilhou lembranças dolorosas de um período marcado pela pobreza extrema e revelações surpreendentes.
O passado difícil na Febem
Durante participação no podcast Papagaio Falante, Elymar Santos não poupou detalhes ao relembrar suas passagens pela Febem, atual Fundação CASA. O músico confessou que, durante essa fase complicada de sua vida, chegou a ser preso diversas vezes e enfrentou situações de extrema vulnerabilidade.
"Eu nunca quis causar. Eu fiz por necessidade, algumas coisas", afirmou o cantor, em um momento emocionante da entrevista. "Se me perguntar se eu faria hoje, não sei. Eu fazia se rolasse atração", completou, mostrando maturidade ao revisitar esse capítulo de seu passado.
Sexo por necessidade
Uma das revelações mais impactantes da conversa foi o relato sobre ter feito sexo em troca de dinheiro durante sua juventude. Elymar explicou que enxergava a situação não como prostituição, mas como uma "ajuda" de pessoas que conheciam sua precária condição financeira.
O artista descreveu um cenário de pobreza absoluta, onde muitas vezes precisava dormir em bancos de praça e não tinha recursos básicos para sobreviver. Essa realidade o levou a tomar decisões difíceis para conseguir se manter.
Reflexões sobre o passado
A entrevista, publicada em 12 de novembro de 2025, mostra um Elymar Santos em processo de reconciliação com seu próprio histórico. Aos 73 anos, o músico demonstra ter encontrado paz ao falar abertamente sobre essas experiências traumáticas.
O cantor fez questão de contextualizar suas ações dentro da realidade de pobreza extrema que vivia, destacando que foram medidas de sobrevivência em um período onde as opções eram limitadas. Sua honestidade ao revisitar esses momentos com transparência emocionou os ouvintes do podcast.
A revelação de Elymar Santos não apenas joga luz sobre o passado do artista, mas também abre espaço para discussões importantes sobre vulnerabilidade social, pobreza e as escolhas difíceis que pessoas em situação de rua precisam enfrentar no Brasil.
