
Quem passa por Vitória da Conquista nessa época do ano já sabe: o ar fica diferente. Não é só o friozinho típico do inverno baiano que chega, mas aquela energia contagiante do Festival de Inverno. E os comerciantes? Bem, esses estão esfregando as mãos de contentamento.
Segundo projeções do setor — e aqui a gente fala com quem entende do riscado —, as vendas devem subir como foguete de São João. Estamos falando de um crescimento que pode bater na casa dos 30%, um número que faz qualquer empresário sorrir mesmo num país de juros altos.
O que explica esse otimismo todo?
Primeiro: gente. Muita gente mesmo. O festival, que já virou tradição na região, costuma atrair um público equivalente a três vezes a população da cidade. E turista, como todo mundo sabe, chega com o bolso cheio e aquela vontade de levar lembrança.
- Setor de alimentação: espera crescer 40% (e já estão contratando temporários)
- Lojas de artesanato: projetam aumento de 35% nas vendas
- Hospedagem: ocupação praticamente garantida em 100%
"É como se a cidade ganhasse um segundo Natal no meio do ano", brinca Marcos Silva, dono de uma loja de produtos típicos no centro. Ele, que já viveu 15 edições do festival, garante: "Quando começa o frio, começa a nossa temporada de ouro".
Efeito multiplicador
O interessante é que o impacto não fica restrito ao período do evento. Muitos visitantes — pasmem — acabam voltando como investidores. "Já perdi as contas de quantos clientes do festival depois abriram negócios aqui", conta a empresária Roberta Almeida, dona de uma pousada charmosíssima na região.
Claro que nem tudo são flores. O comércio reclama — e com certa razão — da falta de estrutura em alguns pontos. "Precisamos de mais segurança, melhor iluminação e, principalmente, de banheiros públicos decentes", cobra o presidente da associação comercial, em tom que mistura otimismo com cobrança.
Mas no geral, o clima é de festa. E de carteira cheia. Resta saber se as projeções vão se confirmar — mas se depender do histórico dos últimos anos, os comerciantes podem comemorar sem medo de errar.