
Que alívio, cruzmaltino! Num daqueles jogos que deixam qualquer torcedor com os nervos à flor da pele, o Vasco da Gama conseguiu uma vitória simplesmente fundamental neste domingo. E o melhor: longe de casa.
No estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, a equipe de Ramón Díaz mostrou personalidade — algo que temos visto pouco — e venceu o Juventude por 2 a 1. Um triunfo que, convenhamos, vale muito mais do que três pontos na tabela.
O primeiro tempo foi daqueles de segurar a respiração. Aos 26 minutos, depois de uma jogada trabalhada pela direita, David cruzou rasteiro e Léo Jardim — sim, o goleiro! — espalmou para a pequena área. E lá estava o jovem Robert, de 19 anos, para empurrar para as redes. Primeiro gol profissional do garoto. Que momento!
Mas o Juventude não é bobo. Aos 34 minutos, após um escanteio batido por Lucas Barbosa, Éder Boschilia apareceu sozinho na segunda trave e cabeceou para o fundo do gol. Empate, e o jogo completamente aberto.
O que mudou no segundo tempo? Atitude. Aos 12 minutos, Pablo Vegetti — sempre ele — recebeu um lançamento preciso, virou o marcador com uma classe absurdamente boa e chutou cruzado. A bola ainda desviou num defensor, mas entrou. Gol de pura raça e técnica.
Dali pra frente, foi aquele sufoco clássico do futebol brasileiro. Muita bola na área, correria, e Léo Jardim fazendo milagres — inclusive uma defesa incredible de cabeça do Boschilia, que parecia certa. No fim, deu Vasco. Três pontos dourados.
O que essa vitória significa?
Além dos óbvios três pontos, é uma injeção de ânimo gigantesca. O time pula para a 13ª posição, agora com 31 pontos — quatro a mais que o Bahia, o primeiro dentro da zona de rebaixamento. Respira, mas não pode dormir. O campeonato é um marathon, não uma corrida de cem metros.
Ramón Díaz, sempre cirúrgico, destacou a entrega do elenco. "Sabíamos da dificuldade, mas os jogadores mostraram coração. Robert, Vegetti... todos foram heróis." E foram, mesmo.
Próximos desafios? Manter a consistência. No Brasileirão, time que para de lutar afunda rápido. Mas hoje, a festa é dos vascaínos. E merecida!