Era pra ser diferente. O Maracanã, lotado de esperança e com a torcida cantando desde as primeiras notas do hino, parecia pronto para carregar o Fluminense para as próximas fases. Mas o futebol, esse caprichoso senhor, tinha outros planos. Uma noite que começou com euforia terminou num silêncio pesado, cortado apenas pelos festejos discretos da comitiva visitante.
O time da casa, francamente, até que saiu com vontade. Criou mais, teve a posse de bola, mas esbarrou numa velha conhecida: a dificuldade em transformar chances em gol. Quantas vezes a gente já viu esse filme? Parece que a bola teima em não entrar quando a pressão é maior. E no contra-ataque, aquela facada sempre possível. Aos 38 minutos do primeiro tempo, o Lanús mostrou a sua eficiência. Foi rápido, preciso, e balançou as redes. O estádio pareceu murchar na hora.
Segundo Tempo: A Reação e a Agonia
O que se viu depois do intervalo foi a tentativa desesperada de um time que precisava virar o placar. O técnico Fernando Diniz mexeu no time, tentou alterar a sorte. E a reação veio, é claro que veio. O gol de igualdade do Fluminense botou fogo nas arquibancadas e reacendeu um ânimo que parecia perdido. A torcida acreditou de novo.
Mas aí, meu amigo, é que a coisa complica. O time precisava de mais um. E o "mais um" não veio. O Lanús, esperto como só times argentinos sabem ser, segurou o resultado, administrou o tempo, e soube sofrer quando necessário. Nos minutos finais, foi uma verdadeira avalanche tricolor. Chuveirinho na área, bola cruzada, rebote, correria. O goleiro adversário fez defesas importantes, a trave apareceu – aquele velho clichê do futebol que dói tanto quando acontece com a gente.
O apito final foi como um balde de água fria. Deu empate, sim, mas para o Fluminense, soou como uma derrota. A regra é clara: quem não ganha em casa, complica a vida. E a complicação foi fatal.
É difícil digerir uma eliminação assim, especialmente no próprio templo. A sensação que fica é de oportunidade perdida. Agora, resta ao Fluminense virar a página rápido, porque o campeonato brasileiro não espera. A torcida, mesmo na decepção, já começa a pensar no próximo jogo. É a vida de quem ama o futebol.
