
O basquete nacional está vivendo um daqueles momentos que deixam até os mais céticos de olho arregalado. Times novos pipocando por aí, patrocínios mais gordos que um churrasco de domingo e uma galera que nem sabia que existia liga agora torcendo como se não houvesse amanhã. Mas será que isso tudo é sinal de saúde ou só mais uma bolha prestes a estourar?
Olha só: nos últimos três anos, o número de franquias saltou como um pivô em cima da tabela. De repente, todo mundo quer ter seu time — e não é só no eixo Rio-São Paulo não. Cidades que você nem imaginava agora têm suas quadras cheias, com direito a transmissão na TV e tudo. Até a vovó que só acompanhava novela agora sabe o que é pick-and-roll.
O Outro Lado da Moeda
Só que, como diria meu avô, nem tudo que reluz é ouro — e alguns técnicos veterano estão torcendo o nariz. "Tá bom demais pra ser verdade", me confessou um deles, que prefere não se identificar. O problema? Muita gente entrando no jogo sem ter estrutura pra bancar o tranco. Salários atrasados aqui, ginásio caindo aos pedaços ali... Nada que a gente já não tenha visto em outros esportes, né?
E tem mais:
- Alguns times estão contratando qualquer gringo meia-boca só pra inglês ver
- A formação de base — aquela que deveria ser prioridade — continua capenga na maioria dos lugares
- Sem falar nas arbitragens que, putz, às vezes parece que tão apitando de olhos vendados
Mas calma lá, não é tudo trevas não! A molecada tá se identificando com o esporte como nunca. Nas escolinhas, a procura por aulas de basquete aumentou tanto que em alguns lugares já tem lista de espera. E olha que isso é algo que não acontecia desde os tempos do Oscar Schmidt.
O Que Dizem os Números
Os dados — quando a gente consegue achar algum que preste — mostram um cenário curioso. Por um lado, o público nos ginásios aumentou 37% desde 2022. Por outro, seis times já deram sinais de que podem não aguentar a temporada inteira. É como construir um prédio de dez andares com alicerce de areia: pode ficar bonito, mas qualquer vento mais forte derruba.
E você, o que acha? Tá na hora de frear esse crescimento ou deixar rolar pra ver no que dá? Uma coisa é certa: o basquete brasileiro nunca foi tão comentado — e isso, por si só, já é um grande feito.