
Não é todo dia que a gente vê um brasileiro fazendo história no cenário internacional, mas quando o assunto é montaria em touros, o Brasil tá mandando ver. Três nomes se destacam no pódio mundial, e a história deles é digna de filme.
Os Reis do Rodeio
João "Pé de Aço" Silva, Marcos "O Indomável" Ribeiro e Carlos "Furacão" Almeida. Esses caras não só encaram touros de mais de 500 quilos como fazem isso com uma técnica que deixou até os norte-americanos de queixo caído. E olha que a concorrência não é mole não.
O segredo? "Treino, muito treino, e um pouquinho de loucura", brinca João, que já quebrou três costelas em uma queda espetacular ano passado. Mas pra esses guerreiros, dor é só detalhe.
Da Roça para o Mundo
O mais curioso é que nenhum deles veio de berço de ouro. Marcos, por exemplo, começou ajudando o pai na lida com o gado em Minas Gerais. "Na fazenda a gente brincava de montar nos bezerros. Nunca imaginei que isso viraria profissão", conta, rindo da ironia.
Já Carlos tem uma história diferente - ex-mecânico que trocou as ferramentas pelo laço depois de assistir a um rodeio por acaso. "Foi amor à primeira vista, ou melhor, à primeira queda", diz, mostrando uma cicatriz no braço como troféu.
O Caminho até o Topo
Conquistar o tricampeonato não foi moleza. Foram anos de:
- Viagens intermináveis entre circuitos regionais
- Noites mal dormidas em motéis baratos
- Contusões que fariam um jogador de futebol chorar
Mas o sacrifício valeu a pena. Hoje, eles são tratados como celebridades em Barretos, onde a Festa do Peão virou praticamente uma segunda casa. "Quando a gente entra no parque, até as crianças param pra tirar foto", orgulha-se Carlos.
O Futuro do Esporte
Com o título no bolso, o trio agora mira em algo maior: popularizar o esporte no Brasil. "Queremos mostrar que rodeio não é só festa, é esporte sério", defende Marcos, que já treina jovens talentos em seu rancho.
E os planos não param por aí. Uma escola de montaria está nos planos, assim como a criação de um circuito nacional mais organizado. "O Brasil tem potencial pra ser potência nisso aqui", arremata João, com aquele sotaque caipira que não deixa dúvidas sobre suas origens.
Enquanto isso, a torcida já começou para o tetra. E se depender da garra desses brasileiros, o mundo todo vai continuar ouvindo falar do nosso país - não só pelo futebol, mas também pela coragem de quem enfrenta touros de frente.