
O Brasileirão, meu amigo, não é para os fracos de coração. A 22ª rodada passou e deixou um rastro de poeira e nervos à vista. A coisa ficou séria, daquelas que faz o torcedor roer as unhas até o talo.
O que parecia distante agora dá um calafrio na espinha. A zona de rebaixamento, aquela velha conhecida que ninguém quer visitar, está mais apertada que samba no elevador. E olha, alguns times grandes estão espiando lá de cima, com a corda no pescoço.
Quem está no olho do furacão?
O Cruzeiro, que parecia ter respirado aliviado, deu uma escorregada feia. A derrota para o Grêmio foi um balde de água gelada. A Raposa voltou para a zona, com 24 pontos, e a situação é pra lá de preocupante.
E o Corinthians? Meu Deus, o Timão. A pressão é tanta que deve estar difícil até dormir em Itaquera. Um empate morno contra o Cuiabá não ajuda nem um pouco. Ficaram com 25 pontos, cheirando perigosamente o perigo.
Mas a surpresa desagradável do fim de semana foi o Bahia. A equipe, que vinha numa crescente, levou uma surra do Botafogo e viu sua vantagem sobre o Z-4 derreter feito sorvete no sol de Salvador. Agora, são 26 pontos e uma baita dor de cabeça para o técnico Renato Paiva.
E o Santos? Ah, o Santos…
O Peixe parece que não aprende. Uma vitória heróica contra o Fortaleza, sim, mas ainda está lá, nadando nas águas profundas do rebaixamento com apenas 22 pontos. A esperança é a última que morre, mas em Vila Belmiro, ela está dando seus últimos suspiros.
Não podemos esquecer dos outros. América-MG e Coritiba… bem, a situação deles é tão complicada que talvez só um milagre salve. Estão praticamente com um pé e meio na Série B.
E agora, José?
O que esperar das próximas rodadas? Calma, muita calma nessa hora. O campeonato é longo e o jogo é louco, como diria o velho ditado. Uma vitória pode jogar um time para a parte de cima da tabela; uma derrota, pode ser o empurrão final para o abismo.
A verdade é que ninguém está totalmente seguro. Nem os do meio da tabela, que podem, num piscar de olhos, se ver nessa enrascada. A pressão vai aumentar, os técnicos vão ficar com os cabelos em pé, e os torcedores… bom, os torcedores vão sofrer, como sempre.
É o futebol brasileiro na sua essência: imprevisível, dramático e absolutamente viciante. Agora é torcer, rezar e esperar que o seu time não seja o próximo a cair nesse buraco sem fundo.