Pois é, meu amigo, a vida do torcedor é assim mesmo: uma montanha-russa de emoções. E o Bahia vive isso na pele nesta reta final do Brasileirão. A notícia quente é que o técnico Rogério Ceni — aquele mesmo, o mito das cobranças de falta — finalmente pode contar com dois reforços de primeira linha. Everaldo, aquele ponta veloz que parece ter turbo nas pernas, e o experiente Ortiz, um meia que sabe dar um passe que corta a defesa como faca quente na manteiga, estão liberados e prontos para o clássico.
Mas calma lá que a coisa não é só alegria, não. O futebol, cruel como sempre, pregou uma peça. Ademir, o cara que vinha sendo praticamente um coringa do time, improvisado ali naquela lateral esquerda, pegou três cartões amarelos. Três! A consequência? Suspensão automática. Ele vai ter que ver o Ba-Vi da arquibancada, torcendo e roendo as unhas como qualquer um de nós.
E não para por aí. O departamento médico do tricolor baiano vai ter trabalho nesta semana. Olha só quem ainda está no ambulatório: Kanu, o zagueiro que é um paredão; o jovem Thaciano, que promete muito; e até o goleiro Marcos Felipe, hein? Uma situação delicada, pra dizer o mínimo.
Agora, a grande pergunta que paira no ar arrepiei de Salvador: como o Professor Rogério Ceni vai montar esse quebra-cabeça? Sem Ademir na lateral, a vaga é dele, do Reagan. E com Everaldo e Ortiz entrando no jogo, acho que a escalação do Bahia ganha outro patamar de qualidade, não acham?
O clássico promete fogo. Domingo, 17h (de Brasília), na Fonte Nova. O Bahia, lá pelas alturas da tabela, brigando por uma vaga na Libertadores. O Vitória, lá embaixo, lutando com unhas e dentes para não cair. Receita perfeita para um jogo que vai parar o estado. Preparem o coração.
