
O Bahia tropeçou onde menos se esperava. Contra o time que ocupa a última posição no campeonato, o tricolor baiano não conseguiu ir além de um empate sem gols — e olha que a torcida já estava com o coração na mão desde o primeiro apito.
Roger Ceni, técnico do Bahia, não escondeu a frustração. "Foi um jogo complicado", admitiu, puxando o boné pra trás num gesto típico de quem sabe que poderia ter feito mais. Mas o que realmente pesou foi a ausência de Pulga, suspenso por cartões amarelos. "Ele faz falta, e muita", disparou Ceni, como quem joga a real sem rodeios.
O jogo que não decolou
Primeiro tempo? Um sonífero em forma de futebol. Nada de emoções fortes, só passes errados e jogadas que morriam antes de chegar na área. O Bahia tentou controlar o ritmo, mas parecia jogar com freio de mão puxado.
No segundo tempo, a coisa esquentou — um pouco. O time da casa criou duas chances claras, mas o goleiro adversário virou um muro. Do outro lado, o lanterna do campeonato assustou com um chute que passou raspando a trave. A torcida, que lotou o estádio, saiu com a sensação de que faltou aquele toque de qualidade.
Pulga: o que poderia ter sido
Sem Pulga, o Bahia perdeu seu principal criador de jogadas. O meia, que vem sendo comparado a um "fio desencapado" de tão imprevisível que é, faria diferença naqueles momentos em que o jogo parecia emperrado. Ceni sabe disso: "Com ele em campo, a história poderia ser outra", confessou, num tom que misturava esperança e arrependimento.
O próximo jogo é contra um rival direto na tabela. E adivinha? Pulga volta. Será o suficiente para tirar o Bahia dessa maré de resultados medianos? A torcida espera que sim — e torce para que o time não precise depender tanto de um único jogador no futuro.