Jota Quest Revive Tim Maia no The Town com Show que Mistura Saudade e Groove
Jota Quest celebra Tim Maia com show no The Town

Não era só mais um show de sexta-feira. O palco do The Town, na noite de 12 de setembro, carregava um peso doce e nostálgico no ar – a missão de celebrar um dos maiores ícones da música brasileira. E quem pegou essa batuta quente foi ninguém menos que o Jota Quest.

Rogério Flausino e a trupe entraram com tudo, mergulhando de cabeça no repertório dourado de Tim Maia. E olha, não foi um daqueles tributos protocolares, cheios de pose e pouco feeling. Eles foram lá com o coração, sabia? A conexão com o público foi quase imediata, um fuse queimou e a galeria simplesmente entrou na onda.

O setlist foi uma viagem no tempo. Eles não ficaram só nos hits óbvios, não. Claro que "Não Vou Ficar" e "Primavera" vieram com tudo, mas trouxeram também aquelas pérolas que só fã de verdade conhece. Rogério, com aquela voz que a gente já conhece de cor, não tentou imitar o Tim – seria impossível, né? Em vez disso, ele colocou a própria alma, a própria interpretação, o que deixou tudo mais verdadeiro.

Uma Banda Apertadinha, No Melhor Sentido

A banda, ah, a banda... Impecável. Parecia que tinham nascido pra tocar aquele soulzão. A seção de metais estava afiadíssima, cortando o céu de São Paulo com os riffs marcantes. O baixo e a bateria criaram a base groove que é a alma da música do Tim, e o Jota Quest segurou essa levada com uma naturalidade de quem já viveu isso antes.

Não foi um show pra reinventar a roda, longe disso. Foi um show de respeito. De amor. Dá pra sentir quando um artista está ali só cumprindo tabela ou quando existe uma genuína vontade de homenagear. E essa, com certeza, foi a segunda opção.

O Público: O Verdadeiro Termômetro

E o que dizer do público? Caraca. Foi a prova cabal de que a música do Tim Maia é atemporal. Gerações se misturaram na frente do palco. Os mais velhos, cantando cada palavra com os olhos fechados, revivendo memórias. Os mais novos, descobrindo na hora a potência daquela sonzeira. Foi lindo de ver.

No final das contas, o Jota Quest não fez um show perfeito – quem quer perfeição num tributo a Tim Maia, um cara conhecido justamente pela sua humanidade crua? Eles fizeram um show verdadeiro. Competente, sim, mas acima de tudo, cheio de coração. Fecharam a noite deixando claro que o legado do Tim não só vive, como continua fazendo todo mundo dançar.