Imagine ouvir a voz de Dominguinhos do Estácio — um dos maiores nomes do samba carioca — ecoando pelas ruas do Rio em pleno Carnaval de 2026. Parece coisa de ficção, mas é pura realidade tecnológica. Dois compositores, com um pé no passado e outro no futuro, usaram inteligência artificial para recriar a voz do mestre em um samba-enredo inédito.
"Foi como conversar com um fantasma musical", brinca um dos autores, ainda meio atordoado com o resultado. E não é pra menos — a IA não só capturou o timbre único de Dominguinhos, como conseguiu reproduzir aquela cadência inconfundível que marcou gerações.
Como a magia aconteceu
O processo não foi simples. Primeiro, garimparam gravações antigas — algumas tão ruins que pareciam ter sido feitas em latas de sardinha. Depois, alimentaram um sistema de IA com horas e horas de voz do sambista. "A máquina aprendeu até o jeito que ele respirava entre as frases", revela um dos criadores.
O resultado? Uma faixa que mistura:
- O DNA musical do Estácio de Sá
- Tecnologia de ponta
- E muita, mas muita emoção
E olha que a polêmica não demorou a aparecer. Alguns puristas torceram o nariz — "isso é sacrilégio!", gritaram nas redes sociais. Outros, mais abertos, viram uma forma de manter viva a memória dos grandes mestres.
O futuro chegou (e veio sambando)
Se depender desses malucos — no bom sentido — a gente vai ver cada coisa nos próximos carnavais. Já pensou escolas de samba com alas holográficas? Ou passistas digitais? A discussão é longa, mas uma coisa é certa: a tecnologia veio pra ficar no maior espetáculo da Terra.
"Não estamos substituindo ninguém", defende um dos compositores. "Estamos usando ferramentas novas para celebrar o que há de mais tradicional." E você, o que acha? É evolução ou falta de respeito com a tradição?
