
Eis que Minas Gerais ganha um novo guardião da sua memória. Na tarde desta quinta-feira (25), algo mudou nos corredores do Palácio da Liberdade – e a mudança veio carimbada com a assinatura do governador Romeu Zema.
Marcelo dos Reis, um nome que já circulava entre os que entendem do riscado quando o assunto é preservação, foi oficialmente nomeado presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, o Iepha-MG. A notícia, que pegou muita gente de surpresa – mas uma surpresa boa, diga-se – foi publicada no Diário Oficial do Estado.
E quem é esse novo responsável por zelar por tantas preciosidades? Reis não chega de paraquedas. Pelo contrário. Ele já estava lá, dentro do instituto, exercendo a função de diretor de Proteção e Memória. Agora, sobe degrau. Assume o comando geral de uma instituição que é, sem exagero, a alma material de Minas. Uma tarefa das pesadas, mas que parece feita sob medida para ele.
O Legado que Espera por Novos Cuidados
O Iepha-MG não é qualquer um. Pensa numa lista de bens que fazem qualquer mineiro arrebentar o peito de orgulho: o Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte – que é Patrimônio Mundial, obrigado –, a histórica cidade de Ouro Preto, os valiosos acervos de arte sacra. Tudo isso está sob a guarda do instituto.
A missão de Marcelo dos Reis, agora, é das grandes. Ele terá que equilibrar a balança entre conservar o que o tempo e a história nos deixaram e, ao mesmo tempo, pensar em como tornar esse patrimônio vivo, acessível e relevante para as novas gerações. Não é só restaurar uma igreja barroca, é fazer com que as pessoas entendam por que aquilo importa hoje.
O governador Zema, ao fazer a nomeação, parece ter apostado na continuidade de um trabalho técnico. Reis já conhece os desafios de trás para frente. A expectativa – pelo menos entre os que torcem pelo nosso patrimônio – é que essa transição seja suave e que a máquina pública continue a funcionar em prol da cultura mineira.
Fica agora o desafio lançado. O novo presidente assume em um momento crucial, onde o debate sobre memória, história e identidade nunca foi tão necessário. Que venham os novos tempos para o nosso rico e vasto patrimônio.