Belém Torna a Parada LGBTQIA+ Patrimônio Imaterial da Cidade: Um Marco Histórico para a Diversidade
Parada LGBTQIA+ vira patrimônio de Belém

Foi uma decisão que ecoou além dos plenários, sabe? Nesta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, os vereadores de Belém fizeram história. E não é exagero. Aprovou-se, por unanimidade, o projeto de lei que eleva a Parada do Orgulho LGBTQIA+ à condição de Patrimônio Cultural Imaterial da capital paraense.

Parece que a cidade finalmente entendeu o peso cultural daquela festa colorida que toma as ruas todo mês de junho. O projeto, de autoria do vereador Paulo Porto – um nome que ficará marcado nessa vitória –, argumentou, e com muita propriedade, que o evento é muito mais que uma celebração. É um ato político, uma ferramenta de visibilidade e um espaço de luta por direitos que já se tornou parte indelével da identidade da cidade.

O que significa, na prática, esse título?

Bom, a coisa é séria. Ser patrimônio imaterial vai além de um simples reconhecimento. É uma forma de proteção. Significa que o poder público assume o compromisso de preservar, fomentar e garantir a realização da Parada, tratando-a como um bem cultural tão importante quanto qualquer monumento histórico. É como dizer: "Essa manifestação é nossa, faz parte de quem somos".

E olha, a sensação é de que uma página foi virada. A sessão na Câmara foi carregada de emoção. Lideranças LGBTQIA+ lotaram as galerias, e não houve quem segurasse as lágrimas – ou os sorrisos – quando o resultado final foi anunciado. Afinal, quantas vezes essa mesma comunidade foi invisibilizada?

Um passo contra a intolerância

O subtexto dessa conquista é potente. Num momento em que discursos de ódio ainda tentam ganhar espaço, Belém dá um recado claro em favor da tolerância e do respeito à diversidade. O vereador Paulo Porto foi enfático: "É uma resposta à violência, um freio na intolerância". Dá até um alívio ver que, em alguns lugares, a sensibilidade ainda vence.

E agora, o que esperar? Com o novo status, a expectativa é que a Parada ganhe ainda mais força. A ideia é que haja mais apoio institucional, talvez mais recursos, e que o evento continue crescendo, firmando-se como um dos principais cartões-postais culturais de Belém. Quem já foi sabe: a energia é contagiante, uma verdadeira aula de amor e resistência.

Resta torcer para que outras cidades sigam o exemplo. Porque no fim das contas, patrimônio não é só pedra e cal. É memória, é afeto, é a coragem de um povo que insiste em existir e celebrar sua verdade. E Belém, hoje, soube honrar isso.