Ateliê Bonifacio: Um Oásis de Cultura Afro-Carioca no Coração do Rio
Ateliê Bonifacio: cultura afro no centro do Rio

Quem caminha pelas ruas do centro do Rio nem imagina que, escondido num desses prédios históricos, existe um pedaço da África pulsando forte. O Ateliê Bonifacio não é só um espaço — é uma experiência que te envolve desde o primeiro passo.

E olha, não se engane: aqui não é só sobre vender produtos. É sobre contar histórias. Cada peça de roupa, cada adereço, cada trabalho manual carrega uma narrativa de resistência e beleza que vem direto das raízes africanas. A dona do projeto, essa mulher incrível chamada Joyce Cristina, teve uma sacada genial: criar um ponto de encontro onde a cultura negra é celebrada sem moderação.

Mais que um ateliê: um território de afetos

O lugar funciona como uma espécie de quartel-general da criatividade negra carioca. Tem oficinas que ensinam técnicas ancestrais, debates que esquentam a cabeça e eventos que simplesmente arrancam aplausos. Tudo com aquela vibe familiar que faz você se sentir em casa — mesmo que sua casa não tenha nada a ver com isso.

Joyce, com aquela sabedoria que só quem viveu na pele conhece, me contou algo que ficou martelando na minha cabeça: "A gente não quer só expor produtos; queremos mostrar que nossa cultura é viva, potente e merece ser vista com outros olhos". E cara, como eles conseguem!

Um oásis no centro da cidade

Num raio de poucos metros, você encontra desde estampas que dialogam com tradições milenares até workshops que ensinam sobre moda afro-brasileira — tudo com um cuidado estético de dar inveja. E o mais legal? Eles conseguem atrair tanto turistas curiosos quanto moradores antigos do centro, criando uma mistura efervescente de sotaques e experiências.

Numa cidade que às vezes trata sua herança africana com descaso, ver um espaço como o Ateliê Bonifacio prosperando é, no mínimo, revigorante. Eles não estão apenas vendendo produtos; estão plantando sementes de autoestima e pertencimento.

Ah, e se você pensa que é só moda, se enganou redondamente. Eles mergulham fundo em discussões sobre identidade, representatividade e até questões espirituais — porque cultura negra não cabe em caixinhas pequenas.

Para quem passa pelo centro do Rio, fica a dica: desça um pouco a Régua Ortiz e descubra esse tesouro escondido. Garanto que você sairá diferente de como entrou.