
Quem diria que uma sigla — ODS — poderia abrir portas onde antes só se via muros? No Rio Grande do Norte, projetos que abraçam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU estão fazendo mais do que cumprir metas: estão reinventando futuros.
Não é só teoria, é prática que transforma
De comunidades pesqueiras a bairros urbanos, o tal do "Conexão ODS" virou sinônimo de mudança. Tem gente que achava que isso era coisa de reunião chata em prédio com ar-condicionado. Mas aí veio a surpresa: oficinas de reciclagem que geram renda, hortas comunitárias que alimentam e educam, até cursos de tecnologia para jovens em áreas carentes.
"A gente plantou literalmente e figurativamente", conta Maria, 54 anos, enquanto colhe coentro numa horta que antes era terreno baldio. Ela nem sabia o que era ODS até ano passado. Hoje, cita os objetivos como se fossem receita de bolo — aquela que todo mundo quer repetir.
Os números que impressionam
- Mais de 30 comunidades envolvidas
- Cerca de 2.000 pessoas impactadas diretamente
- 15 projetos em andamento só em 2025
- Parcerias com 12 instituições locais
Mas o que realmente chama atenção é como essas iniciativas estão criando efeito dominó. Um curso aqui vira emprego ali, que vira renda acolá, que financia estudos mais adiante. Parece até aqueles desenhos onde tudo se conecta — só que na vida real.
O segredo? Ouvir quem sabe da realidade
Os idealizadores acertaram em cheio num ponto: em vez de chegar com planos prontos, perguntaram: "O que vocês precisam?" E as respostas vieram — algumas inesperadas. Num lugar, o pedido foi por aulas de informática. Noutro, por tanques para criar peixe. Tudo dentro do guarda-chuva dos ODS, mas com cara local.
"A sustentabilidade tem que ter gosto de feijão com arroz, senão não cola", brinca João, coordenador de um dos projetos. Ele tem razão. Quando as metas globais descem do papel e ganham o cheiro da terra, o sabor da comida compartilhada, o barulho das crianças aprendendo — aí sim viram algo que todo mundo quer abraçar.
E você? Já parou pra pensar como os ODS poderiam mudar sua comunidade? Às vezes, a revolução começa com uma simples pergunta: "O que a gente pode fazer juntos?"