Poze do Rodo testemunha saída de Oruam de Bangu: "Muito ansioso pelo reencontro"
Oruam deixa Bangu: Poze do Rodo registra momento emocionante

Era uma daquelas manhãs que parecia carregar o peso de meses inteiros. Lá estava ele, Edson José de Oliveira, ou simplesmente Oruam para os fãs do funk, cruzando finalmente os portões do Complexo Penitenciário de Bangu. Cinco meses. Cinco longos meses se passaram desde que aqueles mesmos portões se fecharam atrás dele.

Quem esteve lá para testemunhar esse momento? Ninguém menos que Poze do Rodo, o parceiro musical que virou irmão de vida. E olha, a cena tinha algo de cinematográfico - mas com a crueza da realidade brasileira.

A espera que parecia não ter fim

"Muito ansioso" - foi assim que Poze descreveu o próprio estado de espírito enquanto aguardava a libertação do amigo. E quem não ficaria? Imagina você esperando por alguém que passou quase meio ano trancafiado.

O ruído dos portões se abrindo deve ter soado como música. Melhor que qualquer beat de funk, eu arriscaria dizer. E Poze, lá estava ele, capturando tudo no celular - porque alguns momentos são grandes demais para ficar só na memória.

Detalhes que fazem a diferença

O funkeiro de 21 anos respirava ar livre pela primeira vez desde novembro do ano passado. Novembro! Já estamos em abril, gente. O tempo dentro de um lugar desses deve passar de forma diferente - mais devagar, mais pesado.

E pensar que tudo começou com uma acusação de estelionato. Coisa séria, sem dúvida. Mas a Justiça decidiu pela liberdade, condicional, claro. A defesa conseguiu converter a prisão preventiva em... Bom, em liberdade vigiada, basicamente.

Não foi fácil, nunca é

Agora vem a parte chata - porque liberdade condicional tem dessas coisas. Oruam terá que usar tornozeleira eletrônica. Terá que responder pelos seus atos perante a Justiça mensalmente. E não pode sair do Rio. Nada de viagens ou turnês pelo Brasil.

Mas convenhamos: depois de cinco meses em Bangu, deve ser um pequeno preço a pagar. Ou não?

O processo continua rolando na 1ª Vara Criminal de Itaguaí. A vida segue, mas agora com horizonte mais aberto. Resta saber o que o futuro reserva para o funkeiro. A música? Os palcos? O reconhecimento?

Uma coisa é certa: Poze do Rodo mostrou que amizade verdadeira sobrevive até aos portões de uma prisão. E isso, no mundo de hoje, já é alguma coisa.