
Imagine um mundo onde pincéis são algoritmos e telas são linhas de código. É exatamente sobre essa fronteira nebulosa — e fascinante — entre arte e tecnologia que o pesquisador chinês Xiaohui Wang vem ao Brasil debater. E olha só que timing perfeito: durante o Rio Innovation Week, evento que já nasceu com DNA futurista.
Wang, que tem um currículo capaz de fazer qualquer acadêmico corar de inveja (ou seria admiração?), vai trazer à tona discussões que beiram o filosófico. Como a IA está reinventando a criatividade? Será que um algoritmo pode ter "inspiração"? Perguntas que, convenhamos, dariam um ótimo papo de boteco — mas que ganham contornos científicos nas mãos desse especialista.
O artista por trás da máquina
O cara não é nenhum novato nesse jogo. Diretor do Laboratório de Arte Digital na China, Wang já misturou inteligência artificial com tradições artísticas milenares — sim, aquelas mesmas que seu avô admirava. Só que com um twist high-tech.
- Experimentos com IA gerando caligrafia chinesa? Check.
- Algoritmos recriando pinturas clássicas com estilo contemporâneo? Done.
- Uma pitada de polêmica sobre autoria na era digital? Óbvio.
E o melhor: tudo isso desembarca no Rio de Janeiro entre 22 e 26 de julho. A cidade, que já é um caldeirão cultural, parece o palco perfeito para essa conversa — afinal, onde melhor para discutir criatividade do que num lugar que transforma concreto em poesia?
Por que isso importa?
Num mundo onde até poemas são escritos por bots, o trabalho de Wang joga luz em questões que, francamente, ainda nos assombram. Até onde vai a máquina e começa o humano? A plateia do Museu do Amanhã — porque sim, o evento será lá — certamente sairá com mais perguntas que respostas. E talvez seja exatamente isso que precisamos.
Ah, e para os céticos de plantão: não, isso não é sobre substituir artistas. É sobre expandir possibilidades. Como o próprio Wang já disse em entrevistas, "a IA é o pincel, não a mão que o guia". Profundo, não?