Moradores de Moeda (MG) lutam pelo retorno de arara de estimação entregue ao Ibama
Moeda (MG) quer arara de estimação de volta após apreensão

Uma onda de comoção tomou conta dos moradores de Moeda, em Minas Gerais, após a retirada de uma arara-canindé que vivia livremente na cidade, mas era tratada como animal de estimação pela população. O caso ganhou repercussão nas redes sociais e mobiliza a comunidade, que agora pressiona o Ibama pela devolução da ave.

O vínculo entre a arara e a cidade

A arara, batizada carinhosamente pelos moradores, chegou a Moeda há cerca de três anos e rapidamente se integrou ao cotidiano local. Voava livremente, mas sempre retornava para interagir com os humanos, aceitando alimentos e demonstrando afeto. Tornou-se uma figura querida e símbolo não oficial da pequena cidade mineira.

O conflito com a legislação ambiental

O problema surgiu quando o Ibama foi acionado por denúncias sobre a situação do animal. De acordo com a legislação brasileira, araras são espécies silvestres protegidas e sua criação como animal de estimação é proibida sem autorização específica. Apesar dos protestos da comunidade, o órgão ambiental realizou a apreensão da ave no último domingo (15).

A mobilização popular

Desde então, os moradores iniciaram uma verdadeira campanha pela volta da arara:

  • Mais de 1.500 assinaturas coletadas em petição online
  • Vídeos emocionados circulando nas redes sociais
  • Reuniões com representantes locais do Ibama
  • Apoio de vereadores da região

"Ela nunca foi presa, sempre teve liberdade. Nos escolheu para viver", desabafa uma moradora em vídeo que viralizou.

O posicionamento do Ibama

Em nota, o órgão ambiental afirmou que a medida foi necessária para garantir o bem-estar do animal e cumprir a legislação. A arara foi levada para um centro especializado, onde passará por avaliação de especialistas. O Ibama não descarta a possibilidade de devolução, desde que sejam atendidos todos os requisitos legais.

Enquanto isso, a comunidade de Moeda segue esperançosa e determinada a trazer de volta o que consideram não apenas um animal, mas parte de sua identidade coletiva.