Não dá pra acreditar no que aconteceu num desses eventos de peão de aluguel — sim, aqueles onde o gado vira atração principal e a plateia vibra como se estivesse num estádio de futebol. Só que dessa vez, a história tomou um rumo tenebroso.
Era domingo, 10 de agosto, e o rodeio em Ponta Grossa (PR) seguia como sempre: música alta, gritaria e aquela poeira que gruda nos dentes. Ninguém — absolutamente ninguém — esperava o desfecho que viria. Uma criança, um bebê de colo ainda, foi atingida por um boi que escapou do brete. O animal, assustado com os berros e o movimento, simplesmente partiu pra cima da plateia como um trem desgovernado.
O momento do pânico
Testemunhas contam que tudo foi rápido demais. "O bicho veio como um raio", disse um espectador que preferiu não se identificar. "A mãe tentou proteger, mas não deu tempo — foi tudo muito rápido." O bebê, que não teve o nome divulgado, acabou sendo pisoteado pelo animal de mais de 500 quilos.
O caos se instalou. Gritos. Correria. A poeira vermelha subindo enquanto as pessoas tentavam ajudar. Alguém — um herói anônimo — conseguiu afastar o boi antes que o pior acontecesse.
E agora?
A criança foi levada às pressas para o hospital. Segundo os médicos, teve sorte — se é que dá pra usar essa palavra numa situação dessas. Fraturas, hematomas, mas nada que colocasse a vida em risco. "Milagre", murmurou uma enfermeira ao ver o estado da pequena vítima.
E você deve estar se perguntando: como diabos um bebê foi parar nessa situação? Pois é. A organização do evento alega que a família estava em área "proibida", mas testemunhas garantem que não havia qualquer tipo de sinalização ou barreira física. "Lugar de criança é longe desses eventos", disparou um peão veterano, calejado por anos de rodeio. "Mas hoje em dia parece que segurança é detalhe."
Enquanto isso, a Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. Será que foi falha humana? Falta de estrutura? Ou mais um daqueles casos em que a empolgação supera o bom senso?
Uma coisa é certa: essa cena vai marcar a memória de quem viu. E serve de alerta — será que vale a pena arriscar vidas em nome do entretenimento?
