Violência na Cidade Operária: UEMA mantém aulas, mas concede abono de faltas por insegurança
UEMA concede abono de faltas após violência em São Luís

A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) decidiu manter o calendário acadêmico normalmente, mesmo após a recente onda de violência que atingiu a região da Cidade Operária, em São Luís. No entanto, a instituição implementou uma medida especial para garantir a segurança de estudantes e funcionários: o abono de faltas para quem se sentir inseguro em comparecer às aulas.

Medida de proteção à comunidade acadêmica

Em comunicado oficial, a UEMA deixou claro que compreende o momento de apreensão vivido pela comunidade. A universidade estabeleceu que estudantes e servidores que não se sintam seguros para se deslocar até o campus poderão solicitar o abono de suas faltas através de requerimento formal.

"A universidade está ciente da situação de insegurança e entende que cada pessoa deve avaliar seus próprios riscos", afirmou a instituição em nota.

Como funcionará o abono de faltas

O processo para garantir o direito ao abono foi detalhado pela UEMA:

  • Estudantes e servidores devem formalizar o pedido através de requerimento específico
  • O documento precisa ser protocolado junto aos setores competentes da universidade
  • Não há necessidade de apresentação de justificativas detalhadas sobre os motivos da insegurança
  • A medida vale enquanto persistir a situação de violência na região

Contexto da violência na Cidade Operária

A decisão da UEMA surge em meio a uma série de ocorrências violentas que tensionaram a segurança na Cidade Operária. A região, que abriga um dos campi da universidade, tem registrado conflitos entre facções criminosas, gerando apreensão entre moradores e a comunidade acadêmica.

"Muitos estudantes moram em bairros distantes e precisam usar o transporte público em horários de pico, o que aumenta a preocupação com a segurança", comentou uma fonte da universidade.

Equilíbrio entre segurança e calendário acadêmico

A UEMA optou por não suspender as atividades completamente, buscando um equilíbrio entre a garantia da segurança e a manutenção do calendário letivo. A medida do abono de faltas representa uma solução intermediária que respeita a autonomia de cada indivíduo em avaliar seus próprios riscos.

A universidade reforçou que continua monitorando a situação de segurança em conjunto com os órgãos competentes e que novas medidas poderão ser adotadas caso seja necessário.