Um furto criminoso de cabos de sinalização mergulhou a Linha 7-Rubi da CPTM no caos nesta segunda-feira (27), transformando a rotina de milhares de passageiros em um pesadelo. O serviço, que conectia Jundiaí à capital paulista, opera com velocidade drasticamente reduzida, provocando aglomerações críticas e atrasos que se estendem por horas.
Sistema de Sinalização Comprometido
O coração do problema está no roubo de cabos essenciais para o sistema de sinalização entre as estações Jundiaí e Várzea Paulista. Sem essa infraestrutura, a operação segura dos trens fica severamente comprometida, obrigando as composições a circularem em velocidade de contingência.
"A situação é crítica e afeta diretamente a segurança da operação", confirmou a CPTM em nota. A empresa não estimou um prazo para a normalização completa do serviço, deixando passageiros em suspense sobre quando a situação voltará ao normal.
Cenas de Desespero na Estação
As consequências do furto foram sentidas imediatamente pelos usuários. A Estação Jundiaí, normalmente movimentada, transformou-se em um palco de desespero com filas intermináveis e plataformas superlotadas.
- Passageiros relatam espera de mais de uma hora apenas para acessar as plataformas
- Composições operando com capacidade máxima e intervalos irregulares
- Sensação de insegurança com o acúmulo de pessoas em espaços reduzidos
"Estou aqui desde as 6h da manhã e ainda não consegui embarcar. É um descaso com quem depende do trem para trabalhar", desabafou um passageiro que preferiu não se identificar.
Impacto na Mobilidade Regional
A Linha 7-Rubi é uma artéria vital para o transporte na região, conectando municípios do interior à capital paulista. A interrupção parcial do serviço tem efeitos em cascata:
- Aumento significativo no tempo de viagem
- Sobrecarga no sistema de ônibus complementares
- Prejuízos econômicos para trabalhadores e empresas
- Comprometimento de compromissos médicos e educacionais
Medidas Emergenciais
Enquanto as equipes técnicas trabalham para restabelecer a sinalização, a CPTM implementou ações paliativas:
Reforço no policiamento nas áreas afetadas pelo furto e orientação para que passageiros evitem deslocamentos não essenciais enquanto a situação não for normalizada.
Este incidente evidencia a vulnerabilidade do sistema ferroviário frente a ações criminosas e levanta questionamentos sobre as medidas de proteção da infraestrutura essencial para a mobilidade de milhões de paulistas.