A comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi palco de um crime brutal na manhã desta terça-feira, 23 de abril. Géssica Oliveira de Souza, grávida de cinco meses, foi morta a facadas. A tragédia resultou também na perda do feto, que não resistiu.
Detalhes do crime e prisão do suspeito
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 8h52 para atender uma ocorrência na Rua Travessa da Escada, dentro da comunidade. Militares do Quartel de Copacabana chegaram ao local e encontraram a vítima já sem vida. O principal suspeito do crime é o namorado de Géssica, que foi preso por agentes da 5ª DP (Mem de Sá) no início da noite do mesmo dia.
Após os primeiros atendimentos no local do crime, o corpo da jovem foi levado para a maternidade do Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que Géssica deu entrada na unidade hospitalar já falecida. Os médicos avaliaram as condições do feto, mas não havia qualquer possibilidade de salvá-lo.
Investigação trata caso como feminicídio
A Polícia Militar informou que agentes da UPP Rocinha foram acionados após a confirmação do óbito no hospital. A corporação está tratando o caso como um possível feminicídio, crime definido pela lei como o assassinato de uma mulher por razões da condição de sexo feminino, que inclui violência doméstica e familiar.
A área do crime foi isolada para a realização dos trabalhos de perícia. Enquanto isso, agentes policiais realizaram buscas pela comunidade na tentativa de localizar o autor, que foi encontrado e preso horas depois. O corpo de Géssica foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos legais.
Impacto e contexto da violência
Este trágico episódio reforça os alarmantes números da violência contra a mulher no Brasil, principalmente quando envolve gestantes. O feminicídio de uma mulher grávida agrava a penalidade prevista em lei. A prisão do suspeito, ocorrida no mesmo dia, demonstra a celeridade das investigações neste caso específico, que chocou moradores da Rocinha e trouxe à tona, mais uma vez, a urgência de políticas públicas eficazes de combate à violência doméstica.