O mundo dos reality shows está em choque. Lucas Corazza, aquele cara simpático que conquistou o público no MasterChef anos atrás, agora enfrenta as grades. A justiça paulista foi implacável: doze longos anos atrás das grades por um crime que deixa qualquer um com o estômago embrulhado.
Parece que a vida imita o drama televisivo, só que dessa vez não tem edição que amenize a gravidade dos fatos. O ex-cozinheiro, hoje com 39 anos, foi considerado culpado por estuprar uma garota de apenas 17 anos. Um adolescente, gente! A vítima mal tinha começado a vida.
Os detalhes que arrepiam
A história é mais suja do que tábua de carne depois de um desafio complicado. Corazza conheceu a menina através de redes sociais — aquela armadilha digital que todo pai teme. Marcou um encontro e, segundo a acusação, cometeu o crime em sua própria casa, num bairro classe média alta de São Paulo.
O que me deixa mais indignado? A frieza com que ele agiu depois. A garota, destruída emocionalmente, teve coragem de denunciar. E ele, o famoso ex-reality, tentou usar sua imagem pública como escudo. Como se o fato de ter aparecido na TV fosse algum tipo de salvo-conduto para atrocidades.
A sentença que veio tarde, mas veio
O juiz não usou luvas de pelica na hora de proferir a sentença. Classificou o crime como "hediondo" — e realmente é — e ainda condenou Corazza ao regime fechado inicial. Ou seja, vai cumprir boa parte da pena mesmo, sem direito a regalias.
Doze anos não são doze dias. É tempo suficiente para uma criança nascer e chegar quase à adolescência. Tempo que a vítima vai carregar as marcas desse trauma, enquanto ele paga pelo que fez.
O que isso nos diz sobre fama e responsabilidade?
Reflitamos: quantos casos assim já vimos? Pessoas que ganham um microfone, uma câmera, e começam a achar que as leis não se aplicam a elas. A fama dá visibilidade, não imunidade. E a justiça, ainda que lentamente, mostrou que não se impressiona com holofotes.
O MasterChef Brasil, diga-se de passagem, já se distanciou do ex-participante. A produção do programa deve estar tendo pesadelos com o caso. Imagine o estrago na imagem...
Enquanto isso, fica o alerta para os fãs — especialmente os mais jovens — que colocam esses reality stars num pedestal. Celebridade não é sinônimo de caráter, infelizmente.
O caso serve também como um puxão de orelha nas redes sociais. Meninas e meninos: cuidado com quem conversam online. Predadores não usam capa — às vezes usam avental de cozinha e sorriso fotogênico.
Agora é aguardar os recursos da defesa, é claro. Sempre tem. Mas a mensagem da justiça foi clara como caldo transparente: crime hediondo tem preço alto. E a fama, ao invés de atenuante, acabou sendo um agravante no caso.
