
Um caso de abandono e negligência chocou a população de Rubim, no Vale do Jequitinhonha, nesta terça-feira (22). Uma bebê de apenas 1 ano foi encontrada sozinha em casa, em situação lastimável de sujeira e fome, enquanto seus pais se envolviam em uma briga violenta nas ruas da cidade.
Cena Comovente do Resgate
Testemunhas relataram à Polícia Militar que ouviram o choro insistente da criança vindo de dentro da residência. Ao investigarem, encontraram a menina completamente abandonada, com fome evidente e em condições inadequadas de higiene. O abandono teria durado pelo menos duas horas.
Briga Familiar Preocupante
Enquanto a pequena sofria com a solidão e a fome, seus pais, um casal de 22 e 23 anos, estavam nas ruas próximas envolvidos em uma discussão acalorada que rapidamente escalou para a agressão física. Vizinhos alertaram as autoridades sobre a violência, sem saber que uma criança estava em risco dentro da casa.
Atuação das Autoridades
A Polícia Militar foi acionada e precisou intervir em dois fronts simultaneamente: acalmar a briga entre os adultos e resgatar a criança em situação vulnerável. Os pais foram detidos no local pela agressão mútua, enquanto a bebê recebia os primeiros cuidados.
Encaminhamentos e Proteção
A menina foi imediatamente encaminhada ao Conselho Tutelar de Rubim, que assumiu os cuidados temporários. "É uma situação que nos preocupa profundamente", declarou uma conselheira tutelar. "A criança estava claramente negligenciada e passando fome. Imediatamente providenciamos alimentação e cuidados médicos."
Consequências para os Pais
Os dois adultos foram levados à Delegacia de Polícia Civil de Rubim e responderão por:
- Lesão corporal recíproca
- Abandono de incapaz
- Exposição de criança a situação de risco
Alerta Social
O caso reacende o debate sobre a proteção à primeira infância em situações de conflito familiar. Especialistas alertam que crianças expostas a esse tipo de ambiente desenvolvem traumas profundos que podem afetar seu desenvolvimento emocional e cognitivo.
"Situações como essa demonstram a importância da rede de proteção e da vigilância comunitária", reforçou uma assistente social que acompanha o caso.