Em um relato emocionante e necessário, a atriz Juliana Tavares, que possui nanismo e integrou o elenco da novela "Terra e Paixão" da TV Globo, expôs publicamente as dificuldades e situações constrangedoras que enfrentou nos bastidores da produção.
Falta de acessibilidade nos estúdios
A artista revelou que a infraestrutura dos estúdios não estava preparada para receber profissionais com deficiência. Banheiros inadequados e acessórios de maquiagem inacessíveis foram alguns dos problemas mencionados em suas redes sociais.
"Precisei passar por situações constrangedoras por falta de acessibilidade", desabafou a atriz, destacando que em pleno 2024 ainda é necessário lutar por condições básicas de trabalho.
Relatos de tratamento diferenciado
Juliana compartilhou episódios específicos que vivenciou durante as gravações:
- Dificuldade para alcançar itens de maquiagem em mesas muito altas
- Ausência de banheiros adaptados nos estúdios
- Necessidade de improvisar soluções para problemas simples
"É desgastante ter que provar constantemente que merecemos estar nesses espaços", afirmou a atriz em seu desabafo nas redes sociais.
Representatividade x Inclusão real
Apesar de celebrar a oportunidade de representar pessoas com deficiência na televisão, Juliana enfatizou que a inclusão vai além da tela. Para ela, é fundamental que as empresas de comunicação garantam condições dignas de trabalho para todos os profissionais.
"Não adianta colocar PCDs na tela se nos bastidores não há estrutura", criticou a artista, chamando atenção para a necessidade de mudanças concretas na indústria do entretenimento.
Repercussão e esperança por mudanças
O relato de Juliana gerou grande comoção nas redes sociais e entre colegas de profissão. Muitos artistas e espectadores manifestaram solidariedade e apoio à causa da acessibilidade nos ambientes de trabalho.
A atriz finalizou sua mensagem com um apelo por transformação: "Espero que meu relato ajude a construir um set de filmagem mais acessível para os próximos profissionais com deficiência".
O caso reacende o debate sobre a verdadeira inclusão nos meios de comunicação e a importância de adaptar não apenas os conteúdos, mas toda a estrutura de produção.