Justiça nega pela terceira vez prisão de PMs acusados de matar estudante de medicina em SP
Justiça nega prisão de PMs por morte de estudante

O Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou, pela terceira vez consecutiva, o pedido de prisão preventiva dos três policiais militares acusados de matar um estudante de medicina durante uma abordagem na zona leste da capital paulista. A decisão mantém os agentes em liberdade enquanto aguardam julgamento.

Os detalhes do caso que comove São Paulo

O incidente ocorreu no último dia 15 de outubro, quando o estudante de medicina, identificado como Lucas de Almeida, de 24 anos, foi abordado por uma equipe da PM no Jardim Brasil. Segundo testemunhas, o jovem foi atingido por múltiplos tiros após uma discussão com os policiais.

As investigações apontam que Lucas estava desarmado no momento do confronto. Familiares e amigos do estudante afirmam que ele saiu de casa para comprar alimentos quando foi interceptado pela polícia.

Justiça mantém posição sobre liberdade dos PMs

Em sua decisão mais recente, o desembargador responsável pelo caso argumentou que não há elementos concretos que justifiquem a prisão preventiva dos acusados. O magistrado destacou que os policiais possuem endereço fixo e não representam risco ao andamento do processo.

"A ausência de prisão em flagrante não significa impunidade", escreveu o magistrado em trecho da decisão obtida pela reportagem.

Família e movimento social reagem

A família do estudante e organizações de direitos humanos manifestaram indignação com a repetida negativa da Justiça em decretar a prisão dos policiais. Manifestações estão sendo organizadas na região onde ocorreu o crime.

"Estamos lutando por justiça", declarou a mãe do estudante em entrevista coletiva. "Meu filho era um jovem promissor, dedicado aos estudos, e teve sua vida interrompida de forma brutal."

Próximos passos do processo judicial

O caso continua em tramitação na Justiça paulista. Os três PMs respondem pelo crime de homicídio qualificado e seguem afastados do serviço operacional. A expectativa é que o julgamento seja marcado para o primeiro semestre do próximo ano.

Enquanto isso, a comunidade acadêmica da faculdade onde Lucas estudava organiza vigílias e protestos pacíficos, exigindo justiça e mudanças nos protocolos de abordagem policial.